Diocese do Funchal tem novo Diácono
Bispo presidiu em Boaventura à ordenação de Roberto Sé Aguiar
A diocese do Funchal, no contexto actual das dioceses do nosso país, “está no bom caminho” quanto a ordenações, “mas precisamos de muito mais, na medida em que temos sacerdotes com idade avançada”, e temos comunidades que desejam ter o seu pároco. No entanto, os jovens seminaristas que vão sendo ordenados Diáconos (e este ano já foram quatro) dão grandes esperanças para o futuro.
“Dou graças a Deus por estes actos, por estes momentos especiais”, pois, “sempre qua há uma ordenação diaconal perspectiva-se o sacerdócio; e espero que em finais de Julho do próximo ano possamos dispor também de alguns sacerdotes novos para as necessidades da nossa diocese”, disse D. António Carrilho a propósito da ordenação do jovem seminarista Roberto Sé Aguiar como Diácono.
“Actualmente, temos oito seminaristas nos últimos anos da formação para o sacerdócio e temos mais 12 na nossa diocese. É uma graça muito grande, atendendo que há um grupo adiantado e outros que vão entrando no Seminário já com o 11.º, 11º e 12.º ano”, acrescentou o Bispo do Funchal.
Primeira cerimónia em Boaventura
A comunidade de Boaventura, de onde é natural a família do novo Diácono, acolheu a ordenação de ontem com muita alegria. Era a primeira vez que tal cerimónia acontecia na igreja paroquial e o facto mobilizou muitos fiéis, sacerdotes e seminaristas.
Para o jovem Roberto Sé Aguiar, “o dia foi muito importante, não só para esta paróquia, para a nossa diocese, mas para toda a Igreja universal”. Em breves declarações à comunicação social disse que a vocação a que foi chamado traduz-se pela “entrega total a este serviço que é de humildade, de intimidade com Deus e, sobretudo, de testemunho de Cristo ressuscitado.”
Solicitado a comentar a falta de vocações na Igreja, disse que a resposta positiva dos jovens a Deus, pelo “dom e mistério”, segundo a “lógica do mundo isto está errado”. Todavia, “é um trabalho que a Igreja vai fazendo com o Evangelho vivo. Não somos nós que escolhemos, Jesus vai chamando, vai desafiando, não fecha as portas e, por vezes, temos uma visão negativa da Igreja, mas ela é viva, caminho e verdade para aqueles que se querem converter”.
A vocação de Diácono também foi explicada pelo Bispo do Funchal durante a homilia da eucaristia em que decorreu a ordenação. Em pleno Ano Sacerdotal, D. António Carrrilho apelou ao testemunho dos sacerdotes e destacou a importância dos catequistas na opção dos jovens para a vida religiosa. No mesmo sentido falou do papel das famílias cristãs, atendendo ainda a que, também ontem, a Igreja celebrou a Festa da Sagrada Família.
Diocese do Funchal