Nacional

Directores diocesanos do Apostolado da Oração definem prioridades

Elias Couto
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Os Directores Diocesanos do Apostolado da Oração (A. O.) estiveram reunidos em Cernache, perto de Coimbra, no passado dia 4. Esta reunião anual teve como objectivo a partilha de experiências vividas nas diversas dioceses, bem como a programação do próximo ano pastoral. A reunião foi presidida pelo Secretário Nacional do A. O., P. Dário Pedroso, S.J. O tema proposto pelo Secretariado Nacional para esta reunião e para o próximo ano pastoral foi: A oração como apostolado. O P. Dário Pedroso salientou a importância do tema e apresentou algumas perspectivas gerais sobre o mesmo: a situação da Igreja e do mundo, cada vez mais secularizado e a exigir um renovado compromisso dos cristãos; a importância de estar em comunhão de oração com o Papa, através das Intenções mensais que aquele confia ao Apostolado da Oração; o poder da oração em união com a Igreja, que a transforma em verdadeiro apostolado e serviço missionário; a oração como alimento que torna vigorosa e fecunda toda a acção apostólica e, mais ainda, toda a vida cristã; a necessidade de não se deixar vencer pela «heresia» da acção, ignorando a dimensão espiritual da vida cristã. De seguida, o Dr. Elias Couto teceu algumas considerações sobre a importância da oração na vida das famílias cristãs. Embora se torne cada vez mais difícil para as famílias encontrar disponibilidade interior e tempo para dedicar à oração, afirmou, sem esta não é possível viver a dimensão de «igreja doméstica». O tempo que a família dedicar a esta dimensão não será nunca tempo perdido, pois a oração torna Deus presente na vida familiar e ajuda a dar sentido ao quotidiano. Importa, por isso, que os responsáveis pelas comunidades cristãs ajudem as famílias a rezar, sugerindo modos de o fazer adaptados às circunstâncias próprias das famílias actuais. Particular cuidado – afirmou – deve merecer a sensibilização dos pais para serem os primeiros catequistas dos filhos, ensinando-lhes as orações essenciais do cristão (Pai nosso, Ave Maria, Glória) e, em muitos casos, substituindo outras leituras pela leitura de textos bíblicos, a partir de uma edição da Bíblia adaptada à idade dos seus filhos. O P. Dário Pedroso teve ainda oportunidade de lembrar que os Centros do A. O. podem e devem ser «escolas de oração» e que deveriam empenhar-se em ajudar as comunidades cristãs na sua vida de oração, desenvolvendo iniciativas específicas nesse sentido: promover retiros espirituais para os zeladores e associados do A. O., bem como para outras pessoas interessadas; assumir a realização de tempos de adoração eucarística nas paróquias; assumir como tarefa própria a visita aos doentes e idosos; organizar pequenos grupos para a leitura meditada da Bíblia e para a preparação da Eucaristia dominical... Quanto à situação do Apostolado da Oração nas diversas dioceses, verifica-se um progressivo envelhecimento dos seus zeladores e associados, considerando os Directores Diocesanos ser muito difícil a sensibilização dos jovens para este serviço orante à Igreja e ao mundo. O mesmo se passa com grande parte dos párocos, alguns do quais ignoram por completo as iniciativas do Apostolado da Oração. Apesar de tudo, consideram, há ainda muitos Centros do A. O. com grande vitalidade e capacidade de iniciativa. Relativamente ao próximo ano pastoral, todos concordaram com a necessidade de desenvolver o tema escolhido pelo Secretariado Nacional, promovendo iniciativas capazes de levar as comunidades cristãs a uma vida de oração mais intensa, em união com a Igreja universal.


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