Nacional

«Diz não à violência» na Semana da Vida

Luís Filipe Santos
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De 15 a 22 de Maio celebra-se a Semana da Vida que este ano terá como tema “Respeita o outro, diz não à violência”. A Comissão Episcopal da Família, através do Secretariado Nacional da Família, escreve uma nota onde reflecte sobre as múltiplas formas de violência que a família está exposta. “São crescentes as formas de violência que, em nossos dias, ameaçam a vida familiar” – sublinha o documento, assinado pele director do Secretariado, Pe. Pedro Nuno Monteiro. E muitas delas são ameaças “à própria vida e às suas manifestações legítimas como a dignidade, a integridade física e moral e a realização da pessoa dentro da Comunidade familiar”. Para ajudar as comunidades cristãs a viverem melhor esta semana, o director do Secretariado Nacional da Família pede-lhes que reflectiam e rezem sobre esta preocupação. “São os melhores pontos de partida para uma acção consciente e transformadora. Sem ajudarmos a transformar as mentalidades não poderemos esperar ter uma sociedade renovada, com Famílias renovadas” – disse. Semana da Vida de 2005 “Respeita o outro, diz não à violência” Elenco temático: 1. A violência dentro da Família 1. 1. Violência conjugal 1. 2. Violência dos pais nos filhos 1. 3. Violência entre irmãos 1. 4. Violência do aborto e da eutanásia 1. 5. Violência do abandono das crianças e dos idosos 2. A violência nos domínios legislativo, económico e fiscal 2. 1. As leis que não apoiam a família 2. 2. Leis da emigração 2. 3. As políticas económicas e a Família 2. 4. Determinadas medidas fiscais induzem cônjuges a optarem por uma separação legal (apenas teórica) para não perderem privilégios fiscais… 2. 5. Protecção aos casais em união de facto no IRS 3. A violência no âmbito laboral. 3. 1. Trabalho infantil 3. 2. A angústia do desemprego e a facilidade com que se encerram postos de trabalho sem respeito pela dignidade humana do trabalhador 3. 3. As reformas de miséria que não permitem um viver com dignidade 3. 4. Dificuldades de contrato a mulheres em idade de fecundidade ou grávidas 3. 5. Assédio sexual de patrões e quadros para garantir emprego e benefícios 3. 6. Linguagem torpe e suja nos lugares de trabalho 3. 7. Ausência de condições de locais de trabalho 3. 8. Trabalhos demasiado prolongados sem intervalos para descansar 3. 9. Idosos com trabalhos agrícolas duros de mais para a idade, para sobreviver 3. 10. O desconforto da posição do corpo, horas seguidas, no atendimento ou trabalho 4. A violência dos Meios de Comunicação Social 4. 1. Programas da TV com violência a qualquer momento 4. 2. Programas para crianças com os heróis da violência 4. 3. Pornografia acessível nos quiosques à porta das escolas 4. 4. A insolência no expor a discordância, sem respeito nem dignidade 4. 5. O atirar com as pessoas para verdadeiro julgamento na praça pública 4. 6. A falta de respeito pela privacidade e mundo íntimo das pessoas 4. 7. A linguagem a atitudes escabrosas de programas televisivos 4. 8. Primado do sensacionalismo, em detrimento do conveniente e do razoável 5. A violência na convivência social 5. 1. Primazia do individualismo e egoísmo (“cada qual que se arranje”) 5. 2. A falta de respeito pelas normas do trânsito… e na condução… 5. 3. O passar à frente e o atropelo nas listas de espera 5. 4. A falta de limpeza e de higiene nos lugares públicos 5. 5. Insegurança nas ruas e ameaças contínuas de assalto por esticão 5. 6. Palavrões sujos na TV, nos espectáculos, na rua, nos lugares de trabalho 5. 7. Abuso de autoridade e desrespeito total da mesma 5. 8. Frequência do crime que chega até ao violento 5. 9. Desrespeito pela propriedade alheia 6. A violência no âmbito escolar 6. 1. Ausência de uma educação para a compreensão da diferença e da tolerância 6. 2. Valorização excessiva do espírito competitivo 6. 3. Facilidade no recurso a meios extremos (fechar portas a cadeado, greves, manifestações menos educadas ou até insolentes) para obter fins às vezes pouco transparentes ou duvidosos 6. 4. Violência de professores em relação a alunos 6. 5. Violência de alunos em relação a professores, pessoal não docente e colegas 6. 6. Alheamento e por vezes apoio dos pais em relação à indisciplina dos filhos 6. 7. Indiferença das escolas em relação a estas situações por não saída para elas 6. 8. Resignação dos professores incapazes de manter disciplina nas aulas Respeitar o OUTRO, de forma activa, é a resposta a toda e qualquer forma de violência. Dizer não à violência, de forma comprometida, é a resposta dos defensores da VIDA em todas as suas manifestações, para que esta seja MAIS VIDA nesta sociedade em que vivemos, da qual a família é a “célula base”, é o “santuário inviolável da vida”. Notícias relacionadas •Violência familiar e social nas preocupações da Igreja


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