Doentes mentais precisam de acolhimento Nuno Rosário Fernandes 07 de Fevereiro de 2006, às 11:59 ... “Promover a saúde mental, acolhendo a pessoa doente†foi o slogan escolhido pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS) para viver o Dia Mundial da Doente em Portugal, no próximo Sábado, 11 de Fevereiro. Num pequeno caderno de apresentação da temática deste ano, o Coordenador da CNPS, Pe. VÃtor Feytor Pinto, explica que a reflexão deve centrar-se “em duas perspectivas da acção pastoral: a prevenção e o acolhimento, a prevenção das doenças pelo convite a um estilo saudável de vida, e o acolhimento dos doentes que, atingidos na sua saúde mental, são muitas vezes marginalizados, numa autêntica exclusão socialâ€, lembra. Actualmente, muitas pessoas são atingidas por doenças que se reflectem no foro mental, “a depressão, as dependências, a demência senil e alzheimer, o stress, os histerismos e as esquizofrenias†são algumas dessas patologias enumeradas pelo coordenador da CNPS que “desequilibram de tal maneira a pessoa que se vê mesmo tentada ao desprezo da vida e ao suicÃdioâ€, refere o Pe. VÃtor Feytor Pinto. Segundo números apresentados por este responsável, em todo o mundo há 450 milhões de pessoas afectadas por problemas mentais, neurológicos ou comportamentais, e são cerca de 873 mil as pessoas que se suicidam em cada ano. Perante as muitas situações, a Igreja Católica “quer dar uma especial atenção à saúde mental, quer no que à prevenção diz respeito, quer ao tratamento que se considere necessárioâ€, afirma o sacerdote recordando que, em Portugal “há 21 hospitais que têm como único objectivo o acompanhamento de doentes do foro psiquiástricoâ€. Àqueles que lidam com estas situações, que causam muitas vezes a solidão, é pedido o acolhimento porque, sublinha o Pe. VÃtor, “acolher é compreender e aceitar a diferença, comunicar o necessário para uma relação gratificante, estimular as energias latentes que, apesar da doença, a pessoa pode manifestarâ€. Nesta apresentação temática, o coordenador da Pastoral da Sáude apela a um papel interveniente dos voluntários nas paróquias, para um apoio organizado nomeadamente à s famÃlias. “As famÃlias estão muito marcadas pela dificuldade que comporta uma assistência permanente, pela incapacidade de relação, pela falta de formação especÃfica, pela pobreza de recursosâ€, diz. Estes apoios podem aliviar as famÃlias e “passam pela presença organizada, pelas pequenas tarefas caseiras, pela estadia à cabeceira do doente para a famÃlia poder descansar ou mesmo ter uns dias de fériasâ€. Procurar conhecer casos que merecem especial atenção, visitar familias, criar grupos de oração, integrar estas pessoas de uma forma normal na vida litúrgica da comunidade cristã, são, segundo o Pe. VÃtor, algumas iniciativas a ter em conta para assinalar o dia 11 de Fevereiro em Portugal. NotÃcias relacionadas • Promover a saúde mental, acolhendo a pessoa doente Pastoral da saúde Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...