O projecto de Economia de Comunhão (EdC), lançado por Chiara Lubich em 1991 no Brasil foi objecto de reflexão ontem, na Cidadela Arco-íris do Movimento dos Focolares, na presença de 80 empresários, professores e estudantes de economia.
O orador convidado, o prof. Benedetto Gui, Director da Faculdade de Economia da Universidade de Pádua, em Itália, e membro da Comissão Internacional do Movimento para uma Economia de Comunhão, abordando o tema “Horizontes da reflexão teórica sobre a Economia de Comunhão” lançou o desafio da “empresa, lugar de comunhão, onde o ponto central é o ser humano”. “Neste projecto – afirmou - empresários e estudiosos caminham juntos: uns na linha da frente, outros na retaguarda. Mas o diálogo entre eles é fundamental para que a economia se coloque cada vez mais ao serviço do bem da humanidade inteira”.
O programa contou ainda com a presença da Professora Manuela Silva, Vice-Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz que, referindo-se à situação concreta das empresas em Portugal, declarou que Economia de Comunhão é um dos projectos que poderá dar esperança, juntamente com outros que defendem os valores da solidariedade, e que desenvolvem uma visão da empresa como um bem social, e não apenas um instrumento de produção de riqueza individual.
A conferência foi orientada pelo Dr. Filipe Coelho, membro da Comissão Internacional e Nacional do Movimento para uma Economia de Comunhão.
Durante o programa realizou-se uma visita ao Pólo empresarial – em construção na Cidadela do Movimento – onde se pretende estabelecer uma presença-testemunho das empresas que aderem ao projecto EdC.
Seguiu-se uma Escola para empresários para aprofundamento e estudo da espiritualidade dos Focolares na vida prática das empresas.
O Projecto Economia de Comunhão é uma experiência económica que tem como característica o facto de se dirigir directamente ao mundo da empresa e da produção. Envolve actualmente cerca de 800 empresas, nos cinco continentes – em Portugal uma quinzena - que se empenham, antes de tudo, em criar ambientes de novos relacionamentos entre patrões e empresários. A proposta posterior é a de pôr os lucros da empresa em comum, segundo os seguintes objectivos: ajudar os mais pobres, contribuir para a difusão de uma cultura do dar e desenvolver a própria empresa. Portanto, não se trata de empresas sem fins lucrativos, mas de empresas que operam nos mercados e concebem a própria actividade empresarial como um espaço e um instrumento de comunhão, de fraternidade e portanto, de justiça.
Para mais informações sobre EdC: http://www.edc-online.org/