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Em África, é hora para as rádios cristãs!

Pe. Armando Duarte
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Pe. Armando Duarte, presidente da direcção da VOX

Foi deste modo que se me dirigiu um missionário do Quénia, durante o Encontro de Rádios, entre 12 e 17 de Novembro, na Cidade do Cabo, coordenado pela Signis, com o objectivo de conseguir um planeamento estratégico para as rádios cristãs, nas regiões de Imbisa e Amecea, em África. É esta a constatação que se verificou igualmente na continuidade do Encontro das Rádios da VOX, realizado em Maputo, de 4 a 9 do mesmo mês. “Só por isso já valeu a pena este encontro”, desabafava D. Januário Nhangumbe, representante da Conferência Episcopal de Moçambique, ao ter conhecimento de uma das várias conclusões deste encontro. Muito mais se concluiu para dar um novo impulso às rádios cristãs lusófonas, e em África em particular. Desde “realizar encontros regulares” e “prosseguir com acções de formação”; também, “fazer levantamento das necessidades mais urgentes das diversas rádios” e procurar o apoio da Fundação Evangelização e Culturas; e ainda “solicitar ao Governo Português, à Rádio Renascença e à Rádio Vaticano diversos apoios, nomeadamente a transmissão via satélite, a revitalização do programa «Igrejas Lusófonas» e a realização de estágios profissionais. Foi decisivo o contributo da VOX para que as rádios cristãs moçambicanas tomassem novo alento para se associarem, a nível nacional, e solicitarem expressamente que a VOX as representasse junto da FEC, dos Bispos portugueses e das instâncias internacionais. A vitalidade da VOX ficou reforçada com a adesão da Unda – Brasil, com 194 rádios, e da Rádio Vaticano, e outras preparam já a sua adesão. É interpelativo que o conjunto de todas as rádios lusófonas cristãs represente um potencial de cerca de 100 milhões de ouvintes! Outras ideias-força foram assumidas, como conseguir entre-ajuda em equipamento, partilha de programas e tecnologia. E os novos meios técnicos vão permitir uma rede de maior interligação e solidariedade, aproximando as rádios, os países e os continentes, como “contributo para o areópago dos tempos modernos”, na concretização do tema deste encontro. O Governo Português, através do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, percebeu a importância deste Encontro, não só apoiando-o, mas participando na sessão solene de encerramento, a que se juntou o representante do Primeiro-Ministro de Moçambique, o Ministro do Turismo e o representante da Conferência Episcopal de Moçambique, D. Januário. Toda esta realização permitiu grande projecção, com grande eco na comunicação social, a que não ficou alheio o Encontro que se realizou seguidamente na África do Sul, tendo servido como exemplo do trabalho concreto, que evidencia as enormes possibilidades de colocar a solidariedade em acção, em favor das rádios cristãs em África. Agora, é hora de concretizar os desígnios formulados do Encontro de Maputo. Por isso mesmo avançou já uma mensagem para os Bispos portugueses, propondo alguma iniciativa de apoio nas Dioceses, “para que as rádios católicas de Moçambique não fiquem esquecidas”. Pe. Armando Duarte


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