Nacional

Em cada comunidade, um serviço de acção sócio-caritativa

Nuno Rosário Fernandes
...

Aposta da Diocese de Coimbra para ir ao encontro dos que mais sofrem

A diocese de Coimbra está empenhada em prestar maior atenção àqueles que mais sofrem propondo, às comunidades paroquiais, a criação de um serviço de acção sócio-caritativa. A proposta surgiu este fim de semana no Conselho Diocesano da Pastoral (CDP) e visa focar diversos tipos de problemas como “a solidão, a pobreza e outro conjunto de problemas sociais graves”, existentes na diocese, disse à Agência ECCLESIA, Carlos Neves, secretário do CDP. Carlos Neves, técnico da Cáritas de Coimbra referiu ainda que para atingir as metas a que se propõem “o conhecimento dos problemas é relevante mas também o é o diálogo com outros agentes operacionais”. A criação destes serviços de acção sócio-caritativa na comunidades paroquiais, permitirá “identificar os casos, chamar a atenção dessas comunidades para a existência dessas situações, dá-las a conhecer e mobilizar a comunidade para lhes dar resposta”, explicou Carlos Neves. Porque estes “não são problemas de uma instituição – acentuou – mas são problemas de uma comunidade humana, onde os cristãos desempenham uma consciência particular, como mediadores do amor de Deus”, frisou aludindo à Encíclica de Bento XVI, «Deus é Amor». A diocese de Coimbra depara-se com situações que merecem alguma preocupação, e entre essas o desemprego, a pobreza, a toxicodependência e o alcoolismo inserem-se numa lista que este fim de semana não passou despercebida. “Na diocese de Coimbra prevalecem reformas baixas, mas as pessoas estão habituadas a este ritmo e por isso não se manifestam muito. No entanto, há um conjunto de pessoas materialmente empobrecidas, sublinhou. Na reflexão do CDP o desemprego abriu janelas para outras questões, nomeadamente o papel que a Igreja pode ter “para ajudar a perspectiva das pessoas em relação à vida”, salientou Carlos Neves. Relacionado com o tema do desemprego acrescentou, está interligada uma questão de cultura e por isso, afirmou o secretário do CDP de Coimbra que, “uma intervenção da Igreja ao nível da cultura pode ser muito eficaz e importante. Há necessidade de alertar as famílias para os filhos fazerem uma formação académica para concluir a escolaridade obrigatória”, destacou.


Diocese de Coimbra