Nenhuma sociedade consegue evoluir se renunciar a valores superiores como a vida e a família. A afirmação é do ministro da Segurança Social e do Trabalho que participou num Encontro promovido pela ACEGE. A Associação Cristã de Empresários e Gestores convidou um dos seus associados, Bagão Félix para comentar os desafios e os constrangimentos da Reforma Laboral.
Trata-se de uma prática já habitual da ACEGE: periodicamente, a hora do almoço é aproveitada para o encontro e a partilha, sempre acompanhada pela reflexão desenvolvida por uma personalidade convidada. Desta vez, Bagão Félix vinha falar sobre os desafios abertos pela reforma do Código do Trabalho. Bruno Bobone, Vice-Presidente da ACEGE justificava a escolha “pela importância da nova legislação laboral que motivou já um pronunciamento da própria Associação e condiciona em muito o futuro do país”.
Na sua intervenção, Bagão Félix afirmou que o novo Código Laboral “não é uma varinha mágica que resolve problemas, mas que os pode ultrapassar se todos cumprirem o dever que lhes compete”. É uma legislação que aposta no “primado da ética, do esforço e da coesão social”. “O Direito Laboral não é a mesma coisa que o direito do arrendamento, estamos a falar de pessoas, com alma, com coração, com anseios angústias e ambições. Isto tem de estar presente em qualquer reforma que trate de pessoas”, referiu.
Bagão Félix acha que “nenhuma sociedade consegue evoluir se renunciar a valores superiores, e entre os valores superiores está o valor da vida e o valor da família. Querer construir uma sociedade nova relativizando a vida e subalternizando a família, é a condenação ao insucesso e ao fracasso”, afirmou.