Nacional

Empresários e gestores cristãos apostam na ética

Luís Filipe Santos
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II Congresso Nacional da ACEGE

A empresa é o somatório da ética de todos aqueles que com ela interagem. “Cria coesão, facilita a transparência nas empresas e nas relações entre as pessoas e promove uma cultura de meritocracia e rigor” – defendeu Manuel Ferreira de Oliveira, Presidente da UNICER e um dos conferencistas do II Congresso Nacional da Associação Cristã de Empresários e Gestores, realizado em Lisboa, dias 8 e 9 deste mês. Uma iniciativa que serviu também para reflectir sobre as linhas centrais do Código de Ética de Empresários e Gestores. Ao longo dos dois dias os vários conferencistas reflectiram sobre “Ética: factor de realização e progresso”. Como a liderança tem, nesta equação, um papel importante compete ao líder, em primeira instância, a promoção e a gestão ética dos colaboradores, recursos e parceiros da organização. O professor José Manuel Moreira adianta mesmo que “é muito difícil que um código de ética possa ser levado a sério se quem está à frente da organização não assumir a responsabilidade dando o exemplo”. Reflexões que marcaram o fim de quatro meses de discussão pública sobre o código de ética de empresários e gestores. Um projecto impulsionado por José Roquette, presidente da Finagra, cuja versão final deverá ser divulgada no início do próximo ano. O Eng. Jardim Gonçalves, presidente do Grupo BCP, refere que “hoje, em Portugal, há efectivamente, a importantes níveis institucionais, concorrência cega. Sem alternativa, só podemos continuar a concorrer com ética”. E adianta: “as empresas com práticas éticas são aquelas com melhores resultados”. A rentabilização é o determinante social da “estabilidade da empresa mas esta não pode esquecer os colaboradores”. O desafio foi lançado. Agora resta aguardar pelo documento final e depois colocá-lo em prática. Para que – segundo José Manuel Moreira – se possam “atingir metas que de outra maneira ficariam distantes”.


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