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Encenação sobre a conversão e baptismo de S. Agostinho

Pe. Armindo Janeiro
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Ano Agostiniano Diocese de Leiria-Fátima Encenação: Agostinho Agostinho é o nome da encenação que os alunos do Colégio de Nossa Senhora de Fátima vão apresentar no Sábado, 24 de Abril, pelas 21h30, na igreja de Santo Agostinho, Leiria, no âmbito das celebrações do Ano Agostiniano. Nesta dia evocamos a baptismo de Santo Agostinho que foi celebrado por Santo Ambrósio na catedral de Milão, na vigília pascal do ano 387, de 24 para 25 de Abril. Com Agostinho foram também baptizados o seu amigo Alípio e o seu filho Adeodato. Nota histórica O encontro de Agostinho com Ambrósio culmina na sua conversão e baptismo e teve, para a fé e para a construção de matriz cultural europeia, grandes consequências. Neles dialogam duas sensibilidades do Império Romano: a africana e a nórdica (Ambrósio nasceu na actual Alemanha). Em Milão, sede da corte imperial e capital ocidental do Império, Agostinho cumpre os últimos passos de em direcção à fé, sob o magistério de Ambrósio. Agostinho chega a Milão em 384 para ocupar o cargo oficial de professor de retórica, graças à influência dos maniqueus, seita a que pertencia. Uma das suas primeiras tarefas oficiais terá sido um discurso de homenagem a Ambrósio. Este acolheu-o de um modo paterno, com benevolência digna de um bispo, que – admite – começou a amá-lo. Tocado pela sua personalidade carismática começa a seguir a sua pregação pública. Dele aprende a interpretar o Antigo Testamento e o ensino católico; e convence-se da falsidade das doutrinas dos maniqueus. Começa assim o processo da sua conversão intelectual, mas faltava-lhe uma outra: a conversão da vontade. É então que entra em cena Simpliciano, padre muito estimado nos círculos intelectuais de Milão, e que, em Julho de 386, relatando a conversão de um intelectual de Roma, de nome Vitorino, e a sua profissão pública da fé, leva Agostinho a uma escolha radical e à decisão de cortar com o passado e com o ensino da retórica. Com Mónica, Alípio, o filho Adeodato e outros amigos, retira-se para Cassicíaco, nas proximidades de Milão, para uma casa que lhe fora disponibilizada por amigo íntimo Verecundo, também ele mestre de retórica em Milão. O tempo em Cassicíaco foi passado entre conversas, orações e meditações, já ao jeito de uma experiência de vida monástica que o acompanhará até ao fim dos seus dias. Durante o inverno de 387, deixa Cassicíaco e regressa a Milão para dar o seu nome e juntar-se aos se preparavam para o baptismo. Esta preparação próxima era conduzida pessoalmente por Santo Ambrósio. Na noite pascal, de 24 para 25 de Abril, recebe o baptismo e confessa: fomos baptizados, e abandonou-nos a preocupação pela vida passada (Conf IX, VI, 14). Pe. Armindo Janeiro


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