Nacional

Encerramento do Jubileu Espiritano

Luís Filipe Santos
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Na celebração de encerramento dos 300 anos dos Missionários Espiritanos, D. Jorge Ortiga, Bispo de Braga, lembrou que “a acção missionária continua a ser o coração da Igreja, e que é necessário, permanentemente, cada um de nós sentir-se responsável por esta dimensão essencial da vida da Igrejaâ€. Neste momento festivo, realizado na Cripta do Sameiro, Braga, dia 8 de Junho, o prelado alertou também os presentes para que as missões não sejam apenas um dia, com a “generosidade das esmolasâ€. É fundamental, sublinha D. Jorge Ortiga, que “comece a surgir um rosto missionário de uma igreja onde ser missionário é essencialâ€. Por sua vez, o Pe. Eduardo Miranda, Superior Provincial desta Congregação, realça à Agência ECCLESIA que a melhor prenda e ao mesmo tempo desafio para os Espiritanos seria “vermos na nova Concordata, onde o Acordo Missionário terá o seu fim, a salvaguarda do património missionário da Igreja Portuguesa e dos Institutos que se dedicam à missionação, particularmente nos países lusófonosâ€. No término deste Jubileu, realizado no Dia de Pentecostes, 8 de Junho, o Superior Provincial pede também para que o “Espírito Santo derrame sobre cada um dos membros da congregação a abundância dos seus dons para de novo se fazerem ao largoâ€. Só assim, como salientou D. Jorge Ortiga, a fé será “um dinamismo, uma tensão, uma força e uma coragemâ€. Tudo começou em 1703, em Paris, onde Cláudio Poullart des Places e Francisco Libermann «deram à luz» a Congregação do Espirito Santo e do Imaculado Coração de Maria. Para comemorar este nascimento “propusemo-nos visitar o passado e perceber o contexto em que surgimos†mas também a “atitude de fé que tomou conta dos nossos fundadores e que os fez responder de forma tão criativa às várias problemáticas que enfrentavamâ€. A viagem aos arquivos não ocupou o tempo todo das comemorações porque “queremos perceber também os desafios de hoje†à imitação “dos nossos fundadores†– salientou o Superior Provincial. Uma “fuga ao comodismo e um mergulho no contexto da vida†como lhe chamou o prelado de Braga, na homilia de encerramento desta efeméride. Como diz o ditado popular: - «à terceira é de vez». Foi o que aconteceu com as comemorações do terceiro centenário porque “é a primeira vez que podemos celebrar um centenário com algum alívio e em circunstâncias relativamente normaisâ€. Em 1803, a Congregação foi dissolvida na onda da Revolução Francesa e os bens confiscados. Cem anos mais tarde, “tivemos momentos conturbados que ameaçaram o coração da congregaçãoâ€, o primeiro ministro francês da altura declarou ilegalidade a 44 institutos religiosos, incluindo os Missionários Espiritanos. Em 2003 tudo foi diferente e “realizámos várias iniciativas†ao qual se associou João Paulo II, escreveu uma mensagem e recebeu o Conselho Geral dos Espiritanos, e a Conferência Episcopal Portuguesa escreveu uma nota pastoral sobre estas comemorações – finalizou o Pe. Eduardo Miranda.


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