A primeira Encíclica de Bento XVI “é mais uma oportunidade de clarificar a identidade da Cáritas”, disse à Agência ECCLESIA o presidente da Cáritas Portuguesa, em reacção ao tema da caridade e da acção caritativa abordado pelo Papa no texto hoje divulgadono Vaticano.
“Enche-me de profunda alegria que a primeira Encíclica do Papa tenha como tema central a caridade”, regozijou-se Eugénio Fonseca. “Sabemos que a primeira encíclica é indicativa da forma como o Papa pretende orientar o seu pontificado e aqui está dado o sinal de que Bento XVI vai estar atento a este imperativo da Igreja testemunhar ao mundo, por acções credíveis, o amor que Deus tem por todos, preferencialmente pelos mais pobres”, salientou.
A encíclica “Deus caritas est”, de Bento XVI, coloca a caridade no coração do ser e do agir da Igreja, traçando um “perfil específico” das actividades eclesiais ao serviço do homem, chegando a fazer uma referência explícita ao papel da Cáritas na Igreja. “As organizações caritativas da Igreja, a começar pela Cáritas (diocesana, nacional e internacional), devem fazer o possível para colocar à disposição os correlativos meios e sobretudo os homens e mulheres que assumam tais tarefas”, refere Bento XVI no número 31 da Encíclica. Por isso, acentuou Eugénio Fonseca, esta referência é “para aqueles a quem a Igreja confia esta missão de, em nome dela, procurar testemunhar de forma mais organizada essa caridade, é muito gratificante e um estímulo a prosseguir” nessa missão confiada.
Algumas linhas de orientação foram lançadas pelo chefe da Igreja e agora disse o presidente da Cáritas Portuguesa “vamos ter todos que nos empenhar para que a mensagem do Santo Padre, contida nesta Encíclica, chegue ao conhecimento de toda a gente, de forma particular dos cristãos, para que seja absorvida e assumida por aqueles que na Igreja têm responsabilidades neste campo da acção socio-pastoral”, referiu.