Nacional

Encíclica é «mergulho» no seio de Deus

Nuno Rosário Fernandes
...

Presidente da CEP destaca importância do título da obra para a vida da Igreja

O tema escolhido por Bento XVI para a sua primeira Encíclica é “um mergulhar no seio de Deus para poder fazer com que a Igreja seja uma resposta a todas as ausências de amor que infelizmente ainda persistem na sociedade moderna”, disse à Agência ECCLESIA o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), ao comentar a Encíclica «Deus Caritas Est». Na opinião de D. Jorge Ortiga “a primeira Encíclica é sempre programática, apresenta as intenções, os propósitos e a vontade que o Papa coloca diante do seu ministério”, e esta, hoje publicada pela Santa Sé, “tem um significado muito particular no intuito de centralizar naquilo que é essencial o que Bento XVI deseja para a Igreja, nesta redescoberta de um Deus que é caridade e é amor”, referiu. Porque ainda não leu o texto, o Presidente da CEP manifesta alguma expectativa quanto à sua leitura, mas refere que o título “é muito significativo, porque esta é uma Encíclica que aborda numa perspectiva teórica e mais prática as exigências concretas da vivência da caridade e do amor”. “Nós cristãos – frisou - devíamos concretizar entre nós esta vida de amor, mas também ao mesmo tempo sair para fora do espaço da Igreja, manifestar amor em todas as situações, no sentido de dar-mos um contributo muito positivo para a paz, para o desenvolvimento. Basta-me o título desta Encíclica para poder gritar como já se gritava desde os primeiros tempos, «tudo vence o amor». E é por aqui que passa o futuro da Igreja”, salientou Quanto à expectativa criada à volta da publicação deste primeiro documento doutrinal de Bento XVI , D. Jorge Ortiga considera que tal se justifica pelo “interesse de tentar compreender um pouco mais a pessoa deste Papa”. “Quando se fala de Bento XVI – esclareceu - alguns ainda têm aquela imagem severa do Cardeal Ratzinger e esquecem-se que ele era essencialmente um teólogo que defendia a fé mas, ao mesmo tempo, preocupado por dar uma explicação muito concreta deste Deus”.


Bento XVI