Nacional

Enfermeiros imigrantes com equivalência académica

Octávio Carmo
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45 enfermeiros imigrantes conseguiram obter a equivalência académica dos seus cursos no nosso país, graças a um projecto levado a cabo pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), a Escola Superior de Enfermagem Francisco Gentil, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). O financiamento esteve a cargo do programa comunitário EQUAL. Graças a este projecto de equivalência de habilitações académicas e profissionais de enfermeiros imigrantes, 59 pessoas puderam ingressa num programa de estudo e de actualização de conhecimentos, para os ajudar a obter a equivalência do seu diploma, com a possibilidade de trabalharem nessa área. A primeira fase, da equivalência académica, decorreu em Lisboa, Évora e Porto, num processo que consistia num estágio de quatro meses, dois deles em Centros de Saúde e dois em Hospital. O processo, agora concluído, contou com o acompanhamento em aulas de português técnico para a área de enfermagem e português de cidadania, com o apoio do Departamento de Língua e Cultura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Segundo o boletim trimestral do JRS-Portugal, “a principal dificuldades foi conseguir que estes enfermeiros imigrantes concluíssem o processo de equivalência”, por causa da lei portuguesa. “De agora em diante, o projecto centrar-seá no acompanhamento social, na integração profissional, no apoio em processos de reagrupamento familiar e na integração dos cônjuges e filhos a cargo”, adiante o JRS. A grande maioria destes enfermeiros chegou ao nosso país em 2000 e em 2001, com idades situadas entre os 24 e os 40 anos, tendo agora a oportunidade de trabalhar na sua verdadeira área profissional.


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