Nacional

Enfrentou regimes e sistemas

Luís Filipe Santos
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Lembrou D. José Policarpo na missa por alma de João Paulo II

Só na generosidade, solidariedade e no compromisso com os outros, o Homem descobre a sua própria vida. “Foi isso que fez de João Paulo II, não só um grande pastor da Igreja mas, um grande símbolo da humanidade†– realçou D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, na homilia da celebração desta tarde, na Sé de Lisboa. Nesse abraçar “apaixonadamente o destino da humanidade, agigantou-se a energia espiritual de um grande crente†– avançou. A força deste homem que o fez percorrer o mundo e “enfrentar as grandes causas da humanidade foi a força da féâ€. “A sociedade contemporânea, na variedade de religiões e culturas, nas contradições paradoxais entre desejos anunciados e caminhos percorridos, no traumatismo de páginas da história que todos gostaríamos de esquecer, o ateísmo e a descrença assumidos como valores, parece mais antagónica que convergente com este anúncio de esperança crist㆖ referiu o purpurado. João Paulo II – sublinha D. José Policarpo – foi “um dos que ousou percorrer corajosamente esses caminhosâ€. Na sua primeira visita a Portugal, recorda o Patriarca de Lisboa – João Paulo II disse-lhe: “bispo é aquele que vai sempre à frente†e que “discerne caminhos novosâ€. Durante o Pontificado deste Papa, “tivemo-lo como pastor corajoso. Sempre á frente com passada rasgada e decidida. Não escondendo o peito das ameaças que pesam sobre a Igreja e sobre o homem. Chocando o mundo e surpreendendo muitos. Galvanizando multidões†– disse na homilia o Patriarca de Lisboa. No seu caminho pastoral, João Paulo II enfrentou “regimes e sistemasâ€; “quebrou tabus†e “abriu as portas do diálogo entre culturas e religiões†– disse o Patriarca de Lisboa.


João Paulo II