Nacional

Espiritanos em Portugal, 140 anos de História

Pe. Tony Neves
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A "História dos Espiritanos em Portugal" foi lançada, a 5 de Outubro, em Lisboa, durante um colóquio onde participaram D. Manuel Clemente, o Professor Doutor Manuel Braga da Cruz e o autor, Adélio Torres Neiva. O Reitor da Universidade Católica Portuguesa começou por afirmar que esta obra é um contributo importante para a História de Portugal porque percorre cerca de 140 anos da vida de um Portugal conturbado. O projecto espiritano foi marcado por uma aposta forte na educação e na cultura, bem como na criação de uma mentalidade missionária em Portugal. Braga da Cruz citou estatísticas: em 1910, um sexto da população que estava no liceu, frequentava os Colégios do Espírito Santo. Os Espiritanos acompanham as luzes e as sombras da história de Portugal, vivendo os problemas das sucessivas revoluções e tensões. Esta História dos Missionários do Espírito Santo é um álbum de família onde ninguém ficou esquecido. D. Manuel Clemente, percorreu a História da Igreja em Portugal e insistiu na oportunidade pastoral desta obra, publicada num tempo de anemia espiritual na Europa. Aliás, foi num tempo de características semelhantes que os Espiritanos começaram a sua aventura missionária em Portugal. Em várias situações, ao longo da História, o cristianismo resistiu a contextos políticos adversos com a resposta corajosa de famílias, de associações católicas e de institutos de vida consagrada. Esta obra – diz o Bispo Auxiliar de Lisboa – ajuda-nos a perceber a Igreja no seu melhor. Adélio Torres Neiva, historiador e missiólogo, disse que escreveu uma história de família, mais com o coração do que com o saber. Confessou que escrever a história de um instituto religioso é narrar uma experiência de fé que não cabe nos nossos esquemas nem é fácil explicar só pelas nossas categorias. Por isso, deveria ser escrita de joelhos, mais como quem procura ler e entender os caminhos de Deus do que quem elabora uma história que os homens construíram. segunda parte do Colóquio foi no memorial espiritano onde estão gravados todos os nomes dos Espiritanos portugueses já falecidos. Como disse o P. José Manuel Sabença, provincial: ‘com este monumento deixamos que o nosso olhar vá longe.. muito longe e que a nossa vida, movida pelo sopro do Espírito, se torne Eucaristia oferecida no altar do mundo onde continuamos a repartir, tal como todos estes que evocamos, o pão da vida, da saúde, da educação, da justiça e da paz’. Tony Neves


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