A Fundação Eugénio de Almeida (FEA) apresentou, no pretérito dia 11 de Dezembro, na Casa de Estremoz, os resultados do projecto de Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora relativos ao àquele concelho.
A sessão incluiu a apresentação do trabalho desenvolvido ao longo de 3 meses em diversas igrejas, capelas e outras instituições religiosas do concelho, bem como o lançamento do livro Arte Sacra no Concelho de Estremoz.
O presidente da Câmara de Estremoz, José Alberto Fateixa, deu as boas-vindas aos presentes à nova “Casa de Estremoz”, edifício da antiga estação da Rodoviária, junto à Igreja dos Congregados, que pretende ser a casa de acolhimento aos visitantes da Cidade.
Sobre o trabalho de inventariação desenvolvido, o Autarca sublinhou que “a FEA fica associada à revelação do importante património de arte sacra que Estremoz possui e que agora pode ser consultado e aprofundado por todos através do livro lançado”.
O Cónego José Morais Palos, do Conselho de Administração da FEA, na sua intervenção recordou que, “em 2002 a Fundação deu início a um grande projecto no domínio do conhecimento, preservação e divulgação do Património: o Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora”, esclarecendo que “à equipa de inventariantes, liderada pelo Dr. Artur Goulart, foi confiada uma missão: ir à procura das marcas materiais e simbólicas da Fé, da História e da Cultura portuguesas dispersas pelas igrejas, capelas, seminários e instituições religiosas de toda a Diocese”.
“Estima-se em cerca de 60 000 as peças e os documentos que compõem este espólio riquíssimo, imensamente vasto e variado. Expressões plásticas tão diversas como a escultura, a pintura, os têxteis, a joalharia, a numismática ou a azulejaria, entre outras, dão corpo a um legado espiritual, artístico e cultural que urge estudar, preservar, valorizar e colocar à fruição de todos.
São estes os objectivos que têm norteado este projecto da Fundação, traduzido num trabalho exaustivo de levantamento, inventariação, estudo e catalogação deste património disperso por mais de duas dezenas de concelhos abrangendo, no todo ou em parte, quatro distritos”, apontou.
“Diferenciador na escala, no âmbito, na sistematização e na difusão do conhecimento adquirido, o Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora pretende ser mais um contributo para a divulgação e valorização de um património que, para além do seu inestimável valor histórico-artístico, tem manifestamente um potencial turístico e cultural – o mesmo é dizer, de desenvolvimento local e regional -, que importa descobrir e aproveitar”, concluiu.
O Coordenador Técnico-Científico do Inventário, Artur Goulart de Melo Borges, apresentar os resultados de mais uma etapa concluída do Inventário dos bens artísticos diocesanos, sublinhando algumas das peças inventariadas mais importantes, que “são apenas uma amostra do vasto património do Concelho de Estremoz”, explicou.
Por último, Hugo Guerreiro, Historiador e Director do Museu Municipal de Estremoz, explicou o trabalho de investigação que encetou para escrever o texto introdutório à obra lançada.