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Europa: Institutos missionários apontam para a necessidade de uma evangelização mais «viva, coerente e autêntica»

Agência Ecclesia
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Lidar com a «indiferença à questão de Deus» é uma das principais prioridades

Porto, 18 abr 2012 (Ecclesia) – Os institutos missionários da Europa querem contrariar a quebra do cristianismo na região com a aposta numa evangelização mais “viva, coerente e autêntica”, à imagem dos primeiros séculos de expansão da fé.

A ideia foi transmitida hoje à Agência ECCLESIA pelo superior geral da Sociedade Missionário da Boa Nova, padre Albino dos Anjos, durante um encontro de representantes de organizações missionárias do Velho Continente em Valadares, Vila Nova de Gaia.

Segundo o sacerdote, a iniciativa permitiu aos participantes fazerem um “diagnóstico das causas internas e externas que têm descaracterizado bastante a identidade missionária” na Europa.

A “secularização”, o “relativismo moral”, a “indiferença à questão de Deus” que ganha forma no mundo ocidental deve levar as sociedades missionárias a redobrarem esforços no sentido de revitalizarem a sua ação e ajudarem as “igrejas locais” a anunciarem o Evangelho, realça o superior geral.

D. António Couto, bispo de Lamego e presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, foi um dos oradores presentes no evento e alertou para a necessidade dos agentes pastorais anunciarem Cristo não só através de palavras mas de gestos e comportamentos que espelhem o modo de ser e de viver de Jesus Cristo.

“O cristianismo, sem colocar em causa a importância dos dogmas na nossa eclesiologia, que são bastante importantes, é fundamentalmente um mistério revelado em Cristo, é o próprio Cristo”, realça o padre Albino dos Anjos.

A partir do diálogo e da troca de experiências com representes de “institutos que vivem diferentes latitudes”, os missionários portugueses constataram que só uma mensagem “credível e fiel ao evangelho” pode entrar de forma duradoura no coração das pessoas.

“Quando os missionários se colocam numa atitude de simplicidade e de humildade, o trabalho missionário e o próprio trabalho eclesial é muito mais fecundo”, sublinha o sacerdote.

A agenda do encontro europeu de representantes de institutos missionários, que se vai prolongar até amanhã, incluiu esta tarde a visita do núncio apostólico (representante diplomático) da Santa Sé em Portugal, D. Rino Passigato.

O arcebispo italiano celebrou missa com o grupo e trouxe-lhes a bênção e o reconhecimento do Papa Francisco pelo trabalho que têm desenvolvido ao longo de muitos anos em prol do crescimento da Igreja Católica.

JCP

 



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