Nacional

Evocação da criação da diocese de Leiria

Pe. Armindo Janeiro
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Recital: Da poesia cantada à força das palavras Agostinianas

No dia 22 de Maio, às 16h00, no Auditório Miguel Franco do Mercado Santana, evocaremos a criação da diocese de Leiria, com o Recital Da poesia cantada à força das palavras Agostinianas, no âmbito das celebrações do Ano Agostiniano, com o patrocínio do Cabido da Catedral e o apoio da Câmara Municipal de Leiria. São intérpretes Manuela Moniz (canto), Lucjan Luc (piano) e o TE-ATO (dramaturgia). Nota histórica O estatuto diocesano conferido pelo Papa Paulo III à Vigararia Crúzia de Leiria, com a bula Pro excellenti, de 22 de Maio de 1545 – separava da diocese de Coimbra a povoação de Leiria [...], sujeita no temporal e espiritual ao chamado priorado-mor de Santa Cruz de Coimbra, da ordem de Santo Agostinho, erigia em catedral a insigne igreja paroquial, sob a invocação de Santa Maria, à qual, como a matriz, estão subordinadas as restantes igrejas da mesma povoação e do seu termo e território, e a subordinava quanto ao direito metropolítico, não ao arcebispo de Braga, ao qual anteriormente pertencia, mas ao arcebispo de Lisboa – foi o culminar de uma longa evolução de pelo menos 400 anos. A Vigararia do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, instalada pouco depois do povoamento de Leiria, nos meados do século XII, foi o embrião de uma pequena diocese. Durante séculos construiu-se uma identidade e consolidou-se uma unidade eclesiástica, mais ou menos autónoma, que, embora reduzida em relação às restantes dioceses do reino, estava suficientemente preparada para adquirir aquele estatuto. Inicialmente, a nova Diocese não ultrapassava os limites do velho termo leiriense, mas, nos finais do século XVI, foi acrescentada com dois territórios assinaláveis: Ourém e Porto de Mós. A partir de então, a diocese de Leiria, foi um factor de coesão num corpo que teve de resistir a esporádicas ameaças de desagregação, e, mesmo depois de extinta durante 36 anos, teve forças para lutar pela sua restauração. Neste trabalho de séculos, sem esquecer muitos outros contributos, recordamos este ano a tradição espiritual agostiniana, deixada em Leiria pelos Cónegos Regrantes do Mosteiro de Santo Cruz. Deste modo queremos evocar aqueles que nos antecederam e marcaram o que hoje somos, certos de que o que hoje fizermos ou não, determina, em parte, o futuro dos que virão depois nós. Se o assumir oficial de Santo Agostinho como Padroeiro da Diocese parece ser posterior à sua criação, tal não seria possível sem a presença e legado cultural dos seus filhos espirituais. Convidamos todos os interessados a participar. A entrada é livre. Leiria, 6 de Maio de 04 Pelo Centro de Formação e Cultura Pe. Manuel Armindo Pereira Janeiro


Diocese de Leiria-Fátima