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Excessos de arranjos florais pode prejudicar conservação do património

Jornal da Madeira
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Não estão contra os arranjos florais nas nossas igrejas, afirmam as técnicas de «Isopo». Apenas advertem contra os excessos, junto das imagens, das obras de talha, ou de qualquer peça de arte, que por vezes ainda são amarradas com arames, que necessariamente danificam os dourados, prateados e toda a espécie de policromia. Compreendem o seu alto significado e profundo simbolismo, de entrega, devoção e fé, mas acham que se devem evitar os exageros. As flores, advertem, não deverão ser colocadas a tapar as obras de arte. Chega-se ao exagero de cobrir e tapar quase toda a imagem, deixando ver apenas a cara do santo ou da santa. Também acontece nos camarins e junto aos altares de talha dourada. Estas obras de arte não deverão, em circunstância alguma, ser tapadas por arranjos florais. Não há nada melhor para estragar as obras de arte, do que a humidade que vem da água que se deita nas flores (e que também se derrama), e os arames com que se as amarram. Se na liturgia está tudo definido, também deveriam ser definidos os lugares onde se poderiam colocar arranjos florais, evitando os excessos e exageros de decoradores que, inconscientemente, contribuem para a degradação do património.


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