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Excluir assistência espiritual dos hospitais seria «erro clínico gravíssimo»

Agência Ecclesia
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O coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, Mons. Vítor Feytor Pinto, considerou hoje, em Fátima, que a exclusão da assistência espiritual e religiosa dos hospitais “seria um erro clínico gravíssimo”. “A espiritualidade entra no processo clínico, não é uma coisa pendurada que efectivamente não tem nada a ver com a recuperação dos doentes”, disse à agência Lusa o padre Vítor Feytor Pinto, à margem do XXI Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que debate até Sexta-feira “A dimensão terapêutica da espiritualidade”. Para o responsável, o tratamento e acompanhamento do doente não é apenas uma questão de intervenção clínica ou de prescrição de fármacos. “Quando falamos de saúde, falamos de cuidados integrais”, sublinhou o coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, lembrando que o tratamento do doente é biológico, mas também “psicológico, social, cultural, espiritual e religioso”. Afirmando a espiritualidade como “fundamental” para a recuperação completa de um doente, Mons. Feytor Pinto admitiu, contudo, ter havido durante algum tempo hospitais que “desvalorizavam” esta condição no tratamento. “Hoje em dia, os melhores médicos, os melhores professores de Medicina afirmam claramente que o apoio espiritual e mesmo religioso é indispensável para a recuperação integral dos doentes”, declarou o responsável, reconhecendo, no entanto, existirem “alguns clínicos que ainda não compreenderam, porque não apreenderam isto nas universidades”. Redacção/Lusa Notícias relacionadas • Espiritualidade e saúde em debate


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