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Exposição: Tomás Pereira, Um Jesuíta na China de Kangxi

Agência Ecclesia
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Sob o Alto Patrocínio do Presidente da República Portuguesa, o Centro Científico e Cultural de Macau inaugura, no dia 18 de Dezembro de 2008, pelas 18h00, a exposição Tomás Pereira, Um Jesuíta na China de Kangxi. Na mesma ocasião terá lugar um recital de música barroca pelo Ensemble Sirocco. A exposição Tomás Pereira, Um Jesuíta na China de Kangxi, que reúne um conjunto de peças dos séculos XVII e XVIII, ilustra o percurso biográfico de um dos mais notáveis homens de ciência, cultura e arte europeus na China, no período do imperador Kangxi (1662-1722). O jesuíta Tomás Pereira (1646-1708) teve a sua vida dividida por três tempos e áreas geográficas: Portugal, Índia, Macau e China. Estes três tempos e áreas geográficas correspondem aos três núcleos da exposição. O primeiro núcleo acompanha a formação humanista de Tomás Pereira, o seu percurso em Portugal até ao momento da sua saída para a Ásia. O segundo acompanha a sua passagem pela Índia e enquadra a situação geopolítica e religiosa à época. O terceiro e último núcleo alude à sua passagem por Macau e à sua longa permanência na China, caracterizando a sua actividade enquanto missionário, cientista, artista e diplomata. A exposição está patente de 19 de Dezembro de 2008 a 30 de Abril de 2009. Já em Outubro, o Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) promoveu um Colóquio Internacional sobre a vida e a obra de Tomás Pereira. A iniciativa reuniu, na capital portuguesa, vários investigadores europeus e chineses, que reflectiram também sobre as relações entre a Europa e a China do imperador Qing Kangxi. Em Novembro, o Instituto Ricci de Macau, o Instituto do Oriente (Universidade Técnica de Lisboa) e o Centro de História das Ciências (Universidade de Lisboa) prestaram-lhe homenagem, com a realização de um simpósio, intitulado “In the Light and Shadow of na Emperor”. Falecido em 1708, na Chima, Tomás Pereira graças aos seus dotes musicais foi convidado pelo Imperador Kang Hi para a corte de Pequim, em 1673, onde ensinou música e compôs, tanto no estilo europeu como no chinês. Conselheiro do imperador, conseguiu deste, em 1689, o Édito da Tolerância da Religião Católica.


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