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Família: Patriarca de Lisboa frisa necessidade de reafirmar modelo cristão

Agência Ecclesia
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«Num tempo de tanta confusão é preciso que a Igreja e os cristãos tenham ideias mais claras», defende

Lisboa, 03 nov 2014 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa considera que o modelo cristão de Família está atualmente deslocado na sociedade e espera que o Sínodo dos Bispos ajude a Igreja Católica a “formar e apoiar” as pessoas no seu “entendimento”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. Manuel Clemente sustentou que “num tempo de tanta confusão neste aspeto é preciso que a Igreja e os cristãos tenham ideias mais claras”.

“Hoje quando se fala em família às vezes não se está a falar do mesmo que nós cristãos falamos, mas é bom que seguindo este ensinamento do próprio Cristo saibamos do que é que se trata e o apoiemos verdadeiramente”, complementou.

O patriarca português esteve este sábado no oratório de São Josemaria em Lisboa, para partilhar a sua experiência pessoal como membro da assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, que decorreu entre 5 e 19 de outubro no Vaticano.

À Agência ECCLESIA, D. Manuel Clemente sublinhou que apesar dos “media veicularem especialmente alguns aspetos” desse encontro, como a posição da Igreja face às uniões entre casais do mesmo sexo, “o cerne da reflexão sinodal” foi “sobretudo o apoio à família” nas suas diversas dificuldades.

Quanto à possibilidade de “mudanças” no seio católico, diante do desafio que é hoje toda e qualquer relação humana, o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afastou a aceitação de modelos que possam ir contra aquela que é a “proposta” cristã.

“Se não a Igreja fechava a porta e passava a ser outra coisa”, salienta o patriarca lisboeta.

O padre João Paulo Pimentel, diretor do oratório São Josemaria, classificou a presença de D. Manuel Clemente “um privilégio único”, pois permitiu às pessoas “ouvirem pela voz de um dos intervenientes o que aconteceu” no Sínodo dos Bispos em Roma.

Para o sacerdote, é bom que durante os próximos meses até à assembleia ordinária do Sínodo, em 2015, “se fale e se pense” sobre a Família, pois “todos os contributos são bem-vindos”.

HM/JCP



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