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Migrações: «O fenómeno é mundial e pertence à história da humanidade» - D. Rino Fisichela

Agência Ecclesia
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Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização preside às peregrinações de agosto em Fátima

Fátima, 12 ago 2017 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização afirmou hoje que a Igreja “não pode alhear-se da situação dos migrantes no mundo”, na apresentação da peregrinação Internacional aniversária de agosto ao Santuário de Fátima.

“O fenómeno da migração é mundial e pertence à história da humanidade e analisando os últimos anos significa um grande desafio. O fenómeno de migração que agora vivemos é determinado a maior parte das vezes pela guerra e pela falta de dignidade”, disse D. Rino Fisichela, na apresentação da também Peregrinação dos Migrantes e Refugiados.

No contexto das dificuldades que origina pessoas e povos a deixarem as suas terras o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização explicou que “não se pode olhar para o lado”.

“Hoje no mundo milhões de pessoas estão privadas de dignidade, sem trabalho e a minha presença em Fátima quer recordar o grande papel que o Santuário tem na evangelização que é comum a toda a igreja”, desenvolveu.

Realçando que o Evangelho “ensina” a enfrentar as situações difíceis, o prelado referiu que “pede também para abrir o coração”.

A Peregrinacão do Migrante e do Refugiado é o momento mais visível da (45.ª) Semana Nacional das Migrações que termina este domingo com o tema ‘Acolher o futuro - Novas gerações migrantes são o amanhã da humanidade’.

“Acreditamos que a pastoral das migrações contribui muito para este processo de construção da unidade na diversidade através do reconhecimento das riquezas de cada cultura e no uso do diálogo como instrumento de construção eclesial e resolução de conflitos”, disse a diretora da Obra Católica das Migrações (OCPM).

Na conferência de imprensa, Eugénia Quaresma explicou que o tema da semana das migrações é uma interpelação que nasce da mensagem do Papa Francisco.

“O número dramático de crianças e adolescentes vítimas de migrações forçadas tem de incomodar e questionar: Que sociedade estamos a construir, como nos estamos a educar, com queremos ser recordados no futuro”, desenvolveu.

A diretora da OCPM explicou que a nível pastoral o programa vai incidir em quatro eixos operativos: “Acolher, proteger, promover e integrar melhor todos os migrantes e refugidos e vítimas de tráfico presentes nas nossas dioceses.”

Para o bispo da Diocese de Leiria-Fátima os migrantes e refugiados tocam “todos os continentes” e assume cada vez mais “as dimensões de problema mundial dramático” e, de modo particular, “os mais frágeis, os jovens e o seu futuro”.

Segundo Eugénia Quaresma no Santuário de Fátima vão “orar pela conversão” e crescer na “capacidade de construir e promover a paz”, guiados pelos novos modelos de santidade Francisco e Jacinta Marto.

D. António Marto observou que a paz é uma prioridade “clara e urgente” que está “periclitante” em várias partes do mundo, “não só no Médio Oriente” mas também na Ásia, concretamente na Coreia do Norte com o “conflito possível” e na Venezuela que vive uma situação que pode “resvalar facilmente em guerra civil ou ditadura”.

A peregrinação internacional de agosto, que engloba a peregrinação dos migrantes e refugiados, continua com a bênção solene das velas e rosário às 21h30 na Capelinha das Aparições, seguida da procissão das velas, e a Eucaristia uma hora depois.

Do programa destaca-se ainda uma noite de vigília a partir da meia-noite com adoração, Via-Sacra e uma celebração mariana e, este domingo, a Obra Católica Portuguesa das Migrações convida a uma Jornada de Solidariedade.

CB



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