D. Serafim Ferreira e Silva defende autenticidade da Vidente
A Basílica de Fátima recebeu esta tarde centenas de peregrinos de Portugal e do mundo para uma missa solene em sufrágio da Irmã Lúcia. A Eucaristia foi presidida por D. Serafim Ferreira e Silva.
“A mensagem de Lúcia é a fidelidade, a coragem”, apontou o bispo da Diocese de Leiria-Fátima.
Nesse sentido, lembra o que a Irmã Lúcia disse por alturas dos primeiros interrogatórios, levados a cabo pelo pároco de Fátima, em 1917: “eu não sou santa, mas também não sou mentirosa; eu só digo o que vi”.
“Esta primeira declaração resume toda a autenticidade deste fenómeno, deste acontecimento. A irmã Lúcia não fez marketing, na sua simplicidade de pastorinha revelou, comunicou e entregou aquilo que chamou um segredo à hierarquia da Igreja”, acrescentou.
O prelado lembrou que a Vidente gostaria de falecer “ou num dia 13 ou num primeiro sábado”, o que veio realmente a acontecer no dia 13 de Fevereiro. “A Lúcia, que viu a Senhora como numa penumbra que não soube bem explicar, desde ontem já a viu na Bem-aventurança”, disse aos peregrinos.
D. Serafim Ferreira e Silva confessou que a morte da Ir. Lúcia não foi uma surpresa, mas que ainda, assim, ficou “muito emocionado”. Sobre a vida da religiosa carmelita, destacou a sua afeição à oração do Rosário, recordando as ocasiões em que lhe ofereceu “alguns terços confeccionados pelas suas próprias mãos”.
A contribuição da Irmã Lúcia para que a terceira parte do segredo de Fátima fosse revelada foi outro dos pontos em destaque na homilia, com o prelado a destacar o papel da Vidente “para que houvesse clareza, mesmo decodificando a referência ao actual Papa, João Paulo II”.
Para o futuro, D. Serafim manifestou a esperança de vir a assistir à canonização da Irmã Lúcia, depois de ter estado directamente envolvido no processo de beatificação de Jacinto e Francisco Marto.