D. Teodoro de Faria, ontem na abertura daquela iniciativa
Mantendo uma tradição de há alguns anos a Obra Sócio-Caritativa Dona Eugénia inaugurou, ontem, dia 1 de Dezembro, na sua sede, na Rua das Pretas, Funchal, uma Feira de Natal, com diversos produtos elaborados pelas utentes daquela Obra e por alguns colaboradores.
A cerimónia de abertura foi presidida por D. Teodoro de Faria, que elogiou todos os que trabalham naquela Obra “com alegria, espontaneidade, dedicação, transmitindo aos outros esse dinamismo”.
Falando do espírito voluntário com que aquela Feira é elaborada, D. Teodoro disse que “no tempo de Natal ouvimos falar com frequência de voluntariado. Nós temos a alegria de dizer que, na Diocese do Funchal, temos voluntários não só no Natal, mas durante todo o ano e agradecemos a Deus por essa generosidade”.
Referindo-se às contas daquela Obra que foram apresentadas pelo Cónego Manuel Luís, o prelado funchalense sublinhou que “nós não queremos substituir o Estado nos seus deveres para com os doentes oncológicos, nem queremos também procurar competir com outros organismos que se dedicam a esta mesma causa. Queremos é, dentro dos objectivos que nos foram deixados pela Dona Eugénia, continuar a nossa missão em união com os outros e dar a nossa quota parte em tudo aquilo que se faz neste âmbito”.
E elucidou os presentes que aquela Instituição tem ainda vários bens para colocar em ordem e muitos com alguma dificuldade, “principalmente no que se refere a prédios que nunca nos foram entregues e que é preciso serem registados. É um trabalho longo que já dura há 23 anos. Há outros prédios que precisam de ser conservados e temos também uma quota para receber do Governo Regional referente a um terreno situado onde está o Arquivo Regional e que foi comprado no ano de 2000. Esperamos que quando houver possibilidade que essa quantia (que não é pequena) nos seja entregue, pois temos necessidade dela, já que com a construção desse edifício perdemos pequenas quantias que nos vinham da agricultura que lá se fazia. Um dia tendo recebido essa quantia poderemos fazer com que alguns dos prédios sejam arranjados, sendo a parte restante aplicada em favor dos doentes oncológicos”.
Falando da Feira, disse que o que ali está é “algo que nasceu porque existe a Obra, e que não sendo directamente desta Instituição nasce do coração. Todas estas pequenas coisas, são como um acto de generosidade e de amor que não fazem parte da intenção da Dona Eugéniapara esta Obra. Ela confiou na Diocese para que façamos o que nos parecer melhor. E nós quisemos criar um acto de generosidade e de amor que perpetuasse, de modo a que não fosse apenas aquela Senhora a se tornar generosa, mas que com esse seu gesto outros haviam de continuar a sua generosidade. E é isto que nos agrada”. Terminou agradecendo a todos quantos trabalharam para que aquela Feira pudesse ser uma realidade.