Nacional

Férias missionárias

Fernando Martins
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"Gerar fraternidade e ver coisas lindas"

Há muito que a Diocese de Aveiro assumiu a partilha com outras Igrejas Irmãs em terras de missão. Ano após ano, no Verão, alguns jovens, de idades diversas, partem para dar testemunho de Cristo em países lusófonos. No próximo Verão, e depois de um ano de preparação organizada pelo Secretariado Diocesano de Animação Missionária, 15 vão trabalhar no Brasil, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique. A cerimónia de envio teve honras na Eucaristia de encerramento do Dia da Igreja Diocesana. Não faltaram as palavras de ânimo do nosso Bispo. Mas antes, em encontro a que assistiu o Correio do Vouga, D. António quis saber dos propósitos destes voluntários missionários. Todos se mostraram entusiasmados pelas experiências que vão viver, convictos que estão de que hão-de receber muito mais do que vão oferecer. A necessidade que sentem de ajudar os que pouco ou nada têm, a vontade de testemunharem Cristo, a oportunidade do encontro com gentes e terras diferentes, a esperança do cultivo do espírito, a alegria da partilha, a troca de vivências, o gosto por férias diferentes, a concretização de sonhos nunca concretizados, a nível de fé. Tudo isto foi dito ao nosso Bispo, que não deixou de os questionar: “E se Cristo vos quiser para sempre? Não têm medo desse chamamento?” Os sorrisos não faltaram e um jovem missionário não ficou calado: “Não tenho medo desse chamamento, mas tenho medo da resposta que hei-de dar.” D. António lembrou, então, que não vão fazer turismo. Quem vai em missão não pode ter medo, mas deve sentir a universalidade da Igreja e dispor-se a enfrentar grandes desafios. Recordou, depois, que todos os crentes têm de estar sempre em missão e que a Diocese de Aveiro há muito procura estimular o espírito missionário em todas as paróquias. “O missionário não é o que leva, mas o que testemunha; nós não levamos Jesus Cristo, porque Ele já lá está; nós vamos revelá-l’O”, disse. O nosso Bispo afirmou que é obrigação de quantos partem para férias missionárias levar na bagagem “a semente de fé” e a convicção de que se aprende mais do que se ensina. Há voluntários que vão para esses países para fazerem “coisas”. Os missionários, além disso, anunciam Jesus Cristo, sempre animados pelo desejo de “chegar podem “gerar fraternidade e ver coisas lindas”, concluiu D. António.


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