Nacional

Fome chega a imigrantes em Portugal

Nuno Rosário Fernandes
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Alerta do Fórum de Organizações Católicas para a Imigração

Alguns dos organismos que compõem o Fórum de Organizações Católicas para a Imigração(FORCIM) estão com falta de recursos no que diz respeito ao apoio alimentar aos imigrantes. A falta de capacidade de resposta no apoio à alimentação está a preocupar as entidades católicas que lidam directamente com a realidade da Imigração em Portugal e, por isso, consideram importante a denuncia de uma situação que precisa de uma conjugação de esforços. “Os imigrantes continuam a pedir apoio a nível da alimentação. As instituições continuam a receber muitos pedidos, e há pessoas a passar mal – revelou à Agência ECCLESIA o Pe. Mário Faria, Director do Centro Padre Alves Correia (CEPAC), uma das organizações que compõe o FORCIM. “Há que denunciar e conjugar esforços para solucionar o problemaâ€, sublinhou. Recentemente reunido o FORCIM analisou ainda uma outra preocupação, que diz respeito ao problema dos “imigrantes que vêm para o nosso país na base de acordos bilaterais de saúdeâ€, uma situação recentemente denunciada pela Comunicação Social, referiu. Estes imigrantes depois de se encontrarem no nosso país são como que abandonados porque “as embaixadas de alguns países não assumem a responsabilidadeâ€, lamentou o Pe. Mário Faria. A Lei da Imigração que regulamenta a entrada, permanência, afastamento e expulsão de estrangeiros deverá ser revista e alterada neste primeiro semestre, esta será a sexta alteração em cerca de uma década e, por isso o FORCIM “quer contribuir para essa alteração com a sua experiência e com algumas propostasâ€, disse à Agência ECCLESIA o Pe. Rui Pedro, Director da Obra Católica Portuguesa de Migrações, outros dos organismos que compõem o FORCIM. “Houve aspectos que temos vindo a repetir e que a lei não tem integrado, e que nós achamos ser da máxima importância. Por isso vamos propor em momento oportuno e em sede própriaâ€, destacou o Pe. Rui Pedro. Para melhor responder às necessidades FORCIM manifesta ainda uma vontade de cooperar com a Igreja no sentido de “a partir da experiência e reflexão em comum, e da capacidade que cada uma das instituições tem, sensibilizar as comunidades cristãs, movimentos e congregações missionárias para o acolhimento e integraçãoâ€, explicou o Pe. Rui Pedro. “Após estes anos vamos ver como revitalizar este grupo no sentido de um trabalho interno e de trabalho feito junto das instituições da sociedade civilâ€, concluiu. O Fórum de Organizações Católicas para a Imigração (FORCIM) é composto por: Capelania dos Imigrantes Africanos; Capelania dos Imigrantes Ucranianos e Europeus de Leste; Caritas Portuguesa; Centro Padre Alves Correia; Comissão Justiça e Paz dos Religiosos; Fundação Ajuda à Igreja que Sofre; Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos; Obra Católica Portuguesa de Migrações e Serviço Jesuíta aos Refugiados.


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