Porque o tempo de Quaresma é um tempo forte, e não pode ser “apenas tempo de renúncia, sacrifício e jejuns” as paróquias do Arciprestado de Coimbra tem apostado na formação cristã e, por isso, realizam, há cerca de 19 anos, ciclos de conferências quaresmais para toda a cidade. Este ano, os 40 anos do Concílio Vaticano II serviram de mote para a formação dos cristãos na Quaresma. “Não vamos fazer deste tempo forte, apenas um tempo de renúncia, sacrifício e jejuns. Penso que a formação doutrinal faz parte integrante do ser cristão, e do viver cristão”, referiu à Agência ECCLESIA o Pe. João Castelhano, Arcipreste de Coimbra. “As pessoas precisam de ter noções bem claras do que é ser cristão, de como é o pertencer à Igreja, o ser Igreja e actuar no mundo como Igreja”, explicou o Arcipreste. Aliás, acrescenta, “a Igreja em missão foi a tónica do Patriarca” na segunda conferência.
As comemorações dos 40 anos do Concílio Vaticano II também foram assinaladas em Coimbra, em data própria, com a realização de uma conferência mas, salienta o Pe. João Castelhano “pareceu-nos que apenas essa conferência era redutor”. Assim, neste ciclo de cinco sessões quaresmais, a decorrer na Paróquia de S. José, as paróquias de Coimbra procuram dar uma perspectiva do que “a Igreja era, antes do Concílio, e do que, os documentos conciliares trouxeram de novo”.
Por estas conferências têm passado entre 300 a 500 pessoas, tendo sido até ao momento a mais concorrida a conferência proferida por D. José Policarpo no passado dia 16 de Março.
Ontem, Quinta feira, o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Anacleto de Oliveira, falou da «Palavra de Deus, Fonte de Vida», com base na Dei Verbum, sublinhando “a diferença que havia antes do Concílio, em que a Bíblia era reservada aos protestantes” e recordando que “o estudo da Bíblia alargado a toda a gente, só acontece depois do Concílio Vaticano II”, passando a ocupar “lugar fundamental na vida de todos os cristãos”, comentou o Pe. João Castelhano.