As Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora celebraram em Fátima o encerramento das comemorações dos 150 anos da sua Fundação, as quais se que se têm vindo a desenvolver ao longo do último ano. A celebração contou com a presença do Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, que nas suas palavras recordou:
“Convocados para esta celebração, é-nos grato evocar os momentos e motivos mais significativos da história da Congregação das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora.
A vida, exemplo e espírito de S. Francisco de Assis esteve na origem de três comunidades religiosas que logo após a morte do Santo se constituíram em Saint-Pol (norte de França), filiadas numa comunidade da Ordem Terceira Regular. A fecundidade espiritual dessas três comunidades elevou o seu número para sete. Ultrapassada a crise de perseguição e extinção, provocada pelo laicismo extremo da Revolução Francesa (1789), restabeleceram-se e multiplicaram-se as comunidades e congregações, com destaque para a Diocese de Arras, onde a comunidade de Calais tomou e adiantou iniciativas que conduziram à união das sete casas. Sob a autoridade do Bispo da Diocese, tiveram importância fundamental o Abbé Adolphe Duchenne, capelão da comunidade de Calais, e a Irmã Louise Mabille, eleita e confirmada como Primeira Superiora Geral. O dia 30 de Maio de 1854 é considerado o dia da união das sete casas numa única Congregação, cujos Estatutos de aprovação definitiva datam de 10 de Março de 1873. Assim, as Franciscanas de Calais passaram a Congregação de direito pontifício. A partir de 1965 começaram a ser designadas Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora.
Orientadas pelo seu carisma congregacional – Espírito de Família, de União e Comunhão – as Irmãs Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora encerram as comemorações do 150º centenário neste ano de 2005 mas com referência ao ano 2004, e ao ano da fundação, que foi o ano da aparição da Senhora da Conceição em Lourdes”.
O Bispo do Porto evocou o serviço da Congregação à Igreja e à sociedade a partir do carisma original, concretizado na presença dedicada em hospitais, lares de idosos, escolas, obras sociais, paróquias e na missão ad gentes.
Um dos pontos altos destas comemorações foi o encerramento e envio para a Congregação da Causa dos Santos do processo, de que foi postulador D. Carlos Azevedo, de canonização daquela que foi membro da Congregação, a irmã Rita de Jesus, que faleceu no Porto em 1965 (ver VP de 16 de Fe3vereiro de 2005).