Tudo começou com “a vontade da Igreja Portuguesa comemorar os cinco séculos de evangelização e encontro de culturas” – disse à Agência ECCLESIA Jorge Líbano Monteiro, Administrador Executivo da Fundação Evangelização e Culturas. Um caminho longo, cerca de dez anos, onde o Secretariado de Evangelização e Encontro de Culturas, desempenhou funções de “ligação entre a Igreja Portuguesa e as Igrejas Lusófonas”.
A partir do ano 2000 “avançámos com as comemorações e também com o desenvolvimento do conjunto de serviços de comunhão e colaboração entre as Igrejas” – referiu Jorge Líbano Monteiro. A Fundação Evangelização e Culturas (FEC) foi criada em 1992, mas “começou a funcionar em 1995”, com a ideia de acompanhar “os trabalhos do Secretariado”. Sempre numa lógica de no final das comemorações “poder continuar o caminho de forma mais estruturada”. Uma estrutura “que passa pela capacidade de desenvolver projectos de cooperação úteis para as Igrejas” e “um trabalho de educação para o desenvolvimento feito em Portugal, para a realidade missionária”.
Desde o princípio até aos dias de hoje a FEC “tem vindo a ganhar dimensão” de acordo com as responsabilidades “que lhe vão sendo pedidas”. Após o ano 2000, a estrutura da FEC “foi reforçada em termos de pessoal e ao nível das ligações com as Igrejas Lusófonas”. Um relacionamento feito a três níveis: “através da plataforma dos bispos lusófonos”; “plataformas de conhecimentos e entendimento entre todos os movimentos de cooperação ligados à Igreja Católica em Portugal” e “o trabalho feito com os Institutos Missionários”.
Actualmente a FEC “tem uma actividade dinâmica”, onde Jorge Líbano Monteiro gostaria de realçar “a grande aposta na área educação”. E adianta: “estamos há três anos a trabalhar na Guiné-Bissau, com uma presença de 15 professores por ano”. Para este ano está previsto “o lançamento de um projecto semelhante em Angola” e que “está a ser feito em colaboração com o Estado Português, a Igreja Guineense e a CEAST”. Para além desta ajuda educacional, “estamos também empenhados no apoio às Rádios Católicas, em África”.
Para o triénio de 2002/05, as apostas estão sintonizadas em Angola e Guiné-Bissau. A Guiné-Bissau “pelo caos que vive” e Angola “pelas potencialidades de recuperação e necessidades existentes”. Projectos que passam também pela Geminação de Paróquias que, na opinião de Jorge Líbano Monteiro “é uma área onde a Igreja Portuguesa poderia ter uma presença mais forte junto destes países”. Actualmente “temos 47 paróquias que estão geminadas ou estão num processo muito adiantado de geminação” mas “o nosso objectivo, há um ano atrás, eram 100 paróquias” – finalizou.