A Fundação “Mater Timor” avança na construção de maternidades-escola em Timor Leste, tendo sido assinado no dia 19 de Julho de 2005 o contrato de adjudicação da Maternidade–Escola de Díli.
A notícia é avançada em comunicado enviado à Agência ECCLESIA por Fernando Maymone Martins, Presidente do Conselho de Administração da Fundação.
Este Projecto resulta de uma iniciativa da Igreja Católica lançada no ano do Grande Jubileu do ano 2000 e visa dotar a população timorense de uma instituição de saúde materno infantil, se possível com duas unidades, uma das quais em Díli – agora adjudicada – e a outra, futuramente, em Baucau.
A concretização do empreendimento tem estado a cargo da Fundação Mater Timor expressamente criada para o efeito. São fundadores, o Patriarcado de Lisboa, a Conferência Episcopal Portuguesa, as Dioceses de Díli e de Baucau, o Santuário de Fátima, a Associação de Médicos Católicos Portugueses, a Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos e a Rádio Renascença.
João Paulo II teve conhecimento deste projecto e entendeu apoiá-lo com um donativo pessoal, exprimindo a sua aprovação. O suporte jurídico foi assegurado pela Fundação Mater-Timor, constituída formalmente em Setembro de 2002 e presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa.
A construção em Díli foi adjudicada à ENSUL, empresa de construção já com múltiplas obras executadas em Timor, sendo de realçar a operação de mecenato para que esta empresa se disponibilizou, como forma de contribuir para a viabilização da iniciativa. O Projecto de Arquitectura esteve a cargo do GERA, gabinete de arquitectura da responsabilidade do Arquitecto José Luís Loureiro, também já com múltiplos projectos realizados em Timor.
A concepção da iniciativa tem em vista não só a construção, equipamento e arranque do funcionamento desta unidade, como a formação dos recursos humanos destinados a assegurar progressivamente o seu funcionamento e gestão com completa autonomia timorense em todos os aspectos.
As maternidades estão concebidas para terem enfermarias, bloco operatório e camas para as grávidas, mas também uma residência para aquelas mulheres que tenham de vir dos campos para a cidade, em caso de uma gravidez de risco.
Em Timor, o número de mulheres que morrem ou ficam com lesões traumáticas resultantes dos partos é elevadíssimo e a mortalidade infantil é enorme (morrem 147 crianças em cada mil partos).