Resposta da Ordem Hospitaleira para uma melhor qualidade nos serviços de saúde
A Fundação São João de Deus de Deus foi hoje apresentada. Uma resposta actual que a Ordem Hospitaleira pretende dar aos desafios que a sociedade coloca hoje.
Uma Instituição Particular de Solidariedade Social que “é uma expressão da vitalidade e carisma da Ordem Hospitaleira”, defende o Irmão José Paulo Pereira, Superior Provincial da Ordem Hospitaleira e Presidente da Assembleia de Curadores da Fundação São João de Deus. Com uma história de 400 anos, “queremos continuar a ser resposta para a saúde, em especial dos mais carenciados e a sociedade pede resposta diferentes do passado e exige cada vez mais”, acrescenta. Por isso esta “é uma forma diferente para recolher fundos e financiar projectos dentro e fora de Portugal”.
As exigências sociais de qualidade e eficácia são cada vez maiores “mas isso é um bom sinal”, assinala o Superior Provincial da Ordem Hospitaleira. “Isso apenas pede melhores recursos”, que sendo escassos “a solução é procurar alternativas. Queremos chegar a quem pede e também a muitos que não chegam a pedir, como é o caso de África”.
A Ordem Hospitaleira tem a seu cargo cerca de 50% das camas em saúde mental. “A instituição tem um grande peso e um trabalho desenvolvido com muita qualidade na área da saúde”. A presença de personalidade do Ministério da Saúde “marca o reconhecimento por parte do Estado do trabalho desenvolvido, principalmente em termos de psiquiatria”, manifesta o Ir. José Paulo Pereira.
A Fundação agora a dar os primeiros passos mas “queremos desde já implementar uma nova dinâmica do ponto de vista social, de serviço à saúde pública particularmente aos sem estatuto e excluídos da sociedade, com políticas mais inclusivas, manifesta Paulo Bernardino, Presidente do Conselho de Administração.
A oficialização da Fundação São João de Deus vai acontecer em Maio, com o Presidente da República, ainda com data a definir pela Casa Civil. “Nessa altura contamos lançar já uma campanha na área dos serviços continuados medicamente assistidos”, aponta o Presidente do Conselho de Administração. Os cuidados continuados “representam hoje uma das grandes preocupações do governo português e particularmente na Europa onde os hospitais não têm capacidade de resposta”, explica. A sociedade civil é chamada a participar com a sua generosidade ao serviço de causas nobres e “cabe à Igreja criar práticas de acolhimento e boa gestão, em particular aos sem estatuto”.
A Fundação terá o estatuto de Organização não Governamental para o Desenvolvimento, apoiando os projectos que os Irmãos São João de Deus têm em Portugal mas também no Brasil, Timor ou em África e vai incidir sobre projectos nas áreas de psiquiatria, cirurgia, ortopedia, cuidados continuados, geriatria, acolhimentos aos sem abrigo e tratamento de toxicodependência e alcoolismo.