“Dar resposta aos problemas sociais” é um dos objectivos do Gabinete de Atendimento à Família de Viana do Castelo, organismo que está a celebrar dez anos de existência e organizou, recentemente, a I Feira de Emprego e Formação, naquela cidade do Alto Minho. Uma das actividades comemorativas desta efeméride que tem o seu término este mês. Em declarações ao ECCLESIA, Manuel Baptista, da coordenação do GAF, refere que este organismo “fez uma caminhada exigente e pode-se orgulhar do caminho feito”. Ao serviço do mais desfavorecidos da região de Viana do Castelo, o GAF tem como lema «não há inserção social sem inserção no mundo do trabalho”. Ao completar dez anos de vida promoveu este evento para mobilizar “quer empregadores, quer entidades formadoras” na ajuda aos mais necessitados. As entidades empregadoras marcaram pouca presença, o que levou Isabel Vitorino, elemento do GAF, a realçar que “uma empresa paga muito pouco a um trabalhador que vem por via de um programa ocupacional”.
Os jovens dominaram o certame. Muitos procuravam o primeiro emprego outros estavam desempregados. Luis Costa e Alexandra, dois desempregados, sublinharam ao ECCLESIA que “não tem sido fácil” encontrar trabalho. E adiantam: “o mercado está muito competitivo”. Para escoar esta mão de obra, muita dela qualificada, a opção passa pela criação do próprio emprego. A Associação Nacional de Direito ao Crédito, um dos participantes do evento, esclareceu muitos visitantes. Nuno Rodrigues, desta associação referiu que “em Portugal abrimos a porta a todos aqueles que preencham quatro condições: estando desempregadas, espírito empreendedor, saber fazer e perfil adequado ao negócio a implementar”.
A Associação Empresarial de Viana do Castelo, a maior empregadora da região, marcou presença e o director da referida, João Valença, disse que “há muita gente desempregada” mas poucas vagas para preencher.