Nacional

Gravidade da crise tornou-se mais visível nos Açores

Luís Filipe Santos
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Anabela Borba, presidente da Cáritas local, espera empenho concreto da Igreja

Nos últimos meses, na Ilha Terceira (Açores) a gravidade da crise tornou-se mais visível. “O desemprego está a aumentar bastante com o encerramento de empresas e o problema dos repatriados está mais visível”, lamenta Anabela Borba, presidente da Cáritas dos Açores.

O problema social “é grave e vai agravar-se mais”, sublinha em declarações à Agência ECCLESIA.

Não querendo desprezar outros campos da pastoral, a Igreja deve “estar activa e muito presente nas situações concretas dos homens de hoje e, sobretudo daqueles que passam mais dificuldades”.

O número de atendimentos feitos pela Cáritas dos Açores aumentou com os problemas actuais. Para que estes possam ser solucionados, Anabela Borba pede aos cristãos empenho e “que haja algum organismo na paróquia” onde possam colocar o seu problema.

Recentemente, a organização católica promoveu um encontro de agentes sociais para perceber o que “cada paróquia tem activo e faz”. A corresponsabilidade social deve “ser de todos”.

A Pastoral Social nos Açores atrai pouco as pessoas porque a “Igreja está acomodada” e a “sociedade muito viciada na subsidiodependência”, lamenta Anabela Borba.

“A falta de compromisso é evidente”, realça a presidente da Cáritas dos Açores. E acrescenta: “os padres devem mobilizar os cristãos, ensinar Doutrina Social da Igreja e despertar essa chama nos cristãos”.

A Cáritas dos Açores foi fundada em 1956, com sede em Angra do Heroísmo e delegações em Ponta Delgada e Horta.



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