Nacional

Guarda assinala centenário do nascimento do Padre Joaquim Guerra

Diocese da Guarda
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O Centro de Estudos Sociais da Universidade da Beira Interior, em parceria com a Diocese da Guarda, Companhia de Jesus, Câmara Municipal do Fundão e Junta de Freguesia de Lavacolhos, organiza, no âmbito das comemorações do centenário do nascimento do Padre Joaquim Guerra, duas conferências intituladas “O Oriente ao nosso alcance. A problemática do Orientalismo e a obra do Pe. Joaquim Guerra” e “Orientalismo na versão holandesa”, respectivamente por Jorge Bruxo, do Instituto Politécnico de Macau, e por Maria Johanna Schouten, investigadora e docente na UBI. Estas conferências estão marcadas para 9 de Abril, pelas 17.00 horas, no Anfiteatro Pe. Videira Pires (Pólo das Ciências Sociais e Humanas da UBI), e inserem-se num vasto programa dedicado à comemoração dos 100 anos do nascimento do Padre Joaquim Guerra, natural de Lavacolhos (Fundão), missionário, escritor e autor de uma vasta obra dedicada ao estudo da cultura chinesa e à tradução de obras clássicas chinesas para português. Em 1920 (7 de Agosto), Joaquim Guerra ingressa no seminário de San Martin de Trevejo (Cárceres, Espanha); Em 1925 (7 de Setembro) entra para o Noviciado dos Jesuítas; Em 1933 (2 de Setembro) parte para a China (Macau), atravessando a Espanha em direcção a Marselha, onde apanha o navio D. Artagnan II; Em 1935 parte para Shangai, onde foi ordenado em 1937. Celebra então a primeira missa para a comunidade cantonense de Shangai. Percorre vários lugares da China como missionário, mantendo-se, porém, sentimentalmente preso àquela que era a sua missão de sonho, Shiu-Hing (Província de Cantão). Foi aí, aliás, que começou a trabalhar sobre o Alfabeto Chinês. Estava nessa missão quando foi preso pelos revolucionários comunistas. Chegou a ser condenado à morte. Desse sofrimento deixou um testemunho literariamente notável, “Condenado à morte” (Porto: Livr. Apostolado da Imprensa 1963). Faleceu em 1993, no Lumiar, em Lisboa, após ter sido atropelado numa rua de Toronto (Canadá), onde se encontrava a trabalhar na edição em língua inglesa das suas traduções dos Clássicos Chineses.


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