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Guarda: Bispo apela à «inclusão humana e social» e denuncia «flagelo do desemprego»

Agência Ecclesia
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Foto: Diocese da Guarda
Foto: Diocese da Guarda

D. Manuel Felício incentivou fiéis à «inclusão», proximidade e a prepararem-se para o sínodo diocesano

Guarda, 07 jun 2016 (Ecclesia) – O bispo da Guarda incentivou a diocese a prepara-se para o seu sínodo com empenho na “inclusão humana e social”, num mundo onde as exclusões “impedem as pessoas de se realizarem e prejudicam a sociedade”.

“Hoje um dos maiores obstáculos à plena inclusão é o desemprego que continua a manter-se como verdadeiro flagelo das nossas sociedades. É preciso encontrar formas mais eficazes e concertadas entre os que governam e os que são governados para combater este flagelo”, alertou D. Manuel Felício, este domingo na Peregrinação Jubilar dos arciprestados à Catedral.

Na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado explicou que “é preciso” ir ao encontro de todos e “motivá-los” para cada um “dentro das suas capacidades” participar no “movimento da sua construção pessoal e das comunidades”.

Na Peregrinação Jubilar dos arciprestados da Guarda à Catedral, o bispo diocesano destacou que a liturgia centrou a atenção “na atitude e no dever de cuidar”.

“Esta atitude do cuidar, de fazer bem sem olhar a quem, é marca de comunidades e de instituições inspiradas na caridade cristã”, assinalou D. Manuel Felício, acrescentando que tem de ser o “critério definidor” de todos os programas que “desejam levar a mensagem evangélica ao coração das pessoas e da vida em sociedade”.

Segundo o bispo da Guarda, a “arma de proximidade é decisiva” na batalha de colocar todas as pessoas no caminho “da realização própria, dos outros e da mesma sociedade”.

O Jubileu diocesano começou com a concentração no Seminário da Imaculada Conceição e, após o acolhimento e evocação das obras da misericórdia, caminharam até à Sé.

D. Manuel Felício relembrou que estão na reta final de preparação da assembleia diocesana de representantes que antecede o sínodo da Diocese de Guarda em 2017.

“Até lá, é o tempo para motivarmos o mais possível as pessoas e as comunidades a darem o seu melhor contributo; tempo para ajustarmos e afinarmos os órgãos de participação que devem fazer parte da nossa vida comunitária”, desenvolveu.

O prelado recomendou “vivamente” que as comunidades e grupos consultem os três cadernos pastorais que “ajudam à reflexão generalizada” e informou que a partir de setembro é disponibilizado o instrumento de trabalho.

“Está em causa definirmos caminhos que nos ajudem a renovar as nossas comunidades cristãs, à luz das constituições ‘Lumen Gentium’ e ‘Gaudium et Spes’ do Vaticano II. A renovar a nossa evangelização e a nossa catequese; as nossas formas de celebrar a Fé e viver práticas religiosas”, apontou o bispo da Guarda, na Peregrinação Jubilar dos Arciprestados.

Segundo D. Manuel Felício, durante o caminho sinodal vai haver preocupação com a reorganização da Diocese “em termos territoriais e de serviços que as circunstâncias atuais impõem”.

CB



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