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Hospital de S. João promove celebração ecuménica

Voz Portucalense
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Hospital de S. João promove celebração ecuménica Na quinta-feira, 12 de Junho, às 21h, na Capela do Hospital de S. João, à semelhança do que vem acontecendo em cada ano, realiza-se uma celebração ecuménica, em que participarão os seguintes Ministros de diversas Igrejas, nomeadamente: D. António Taipa, Bispo Católico Auxiliar do Porto; D. Fernando da Luz Soares, Bispo da Igreja Lusitana; D. Sifredo Teixeira, Bispo da Igreja Metodista; Padre Hilarion Rudnyk, da Igreja Ortodoxa; Pastor José Gonçalves, da Igreja Baptista; Rev. Howell Sasser, Capelão da Igreja de St. James; Diácono Pedro Heizel, da Comunidade Evangélica Alemã do Porto. Criação do Departamento de Comunicação Ecuménica e Inter-religiosa Ir ao encontro dos Doentes, disponibilizando-se para o diálogo com todos e procurando assistir a cada um segundo a sua própria identidade espiritual, tem sido uma preocupação fundamental do Serviço Religioso – Capelania do Hospital de S. João. Na Celebração será instituído o Departamento de Comunicação Ecuménica e Inter-religiosa da Capelania, que tem como objectivo procurar os passos concretos a dar no sentido de alcançar uma cada vez maior integração de todos na assistência espiritual e religiosa aos doentes, estudando e pondo em curso processos que facilitem o acesso dos Ministros das várias Igrejas aos doentes pertencentes às respectivas Comunidades. Também para cumprir este objectivo será formalizada nessa noite a constituição do Grupo de Contacto, composto por Ministros das várias denominações cristãs. Em passos seguintes, este Grupo de Contacto procurará integrar também Ministros e Representantes de outras Denominações Cristãs e de outras Religiões. É de sublinhar a importância da criação destas instâncias, que visam abrir caminhos de encontro entre Igrejas e, no actual contexto social e cultural, marcado pela pluralidade de opções espirituais e religiosas, operar a evolução da assistência espiritual e religiosa no contexto das Capelanias Hospitalares. Ritual Ecuménico de Lava-pés aos Doentes A instituição do Departamento de Comunicação Ecuménica e Inter-religiosa e do Grupo de Contacto será feita no decorrer de um ritual ecuménico de Lava-pés, durante o qual os Bispos, Padres e Pastores das várias Igrejas se unirão simbolicamente para lavar e limpar os pés a doentes internados no Hospital, significando, deste modo, a vontade de fazer caminho conjunto no serviço aos que sofrem. Este gesto simbólico evoca a última Ceia de Jesus com os Seus Discípulos, quando rezou pela unidade dos que crêem Nele e lhes lavou os pés, em atitude de serviço, mandando-lhes que fizessem segundo o exemplo que recebiam Dele, conforme vem narrado no capítulo 13 do Evangelho de S. João. Acolhimento aos Imigrantes de Leste Relativamente a esta celebração, menção especial merece a participação do Pe. Hilarion Rudnyk, Sacerdote ucraniano da Igreja Ortodoxa Grega – Patriarcado de Constantinopla, recentemente enviado para o Porto para assistir religiosamente os imigrantes de Leste. A Diocese do Porto confiou-lhe a Capela de Nossa Senhora da Conceição, na Constituição, onde está se encontra sediada a Paróquia Ortodoxa de S. Pantaleão. A presença dos membros desta Igreja é uma realidade nova na sociedade portuguesa e, consequentemente, nos hospitais portugueses. Daqui a Celebração dar particular destaque à sua presença, que pretende ser um sinal de respeito e acolhimento a esta nova comunidade entre nós. Religiosamente, na assistência hospitalar, é também necessário abrir-se à sua identidade espiritual, em grande parte dos casos definida pela pertença à Igreja Ortodoxa, que urge conhecer e respeitar. Razões desta opção Como Serviço Religioso de um Hospital Público, entendemos que, num lugar plural como é o Hospital, nos cabe a responsabilidade de ir dando estes passos que manifestem abertura ao diálogo com todos na assistência espiritual e religiosa aos Doentes. Esperamos proximamente alargar ainda mais a relação e assumir o diálogo e a acção consertada com outras religiões, para além das várias confissões cristãs. Efectivamente, pensamos que o facto de, num país sociologicamente católico, o Serviço Religioso do Hospital ser configurado como Capelania Católica, não nos dispensa de estarmos atentos a todos, antes nos obriga a procurarmos que todos, independentemente do seu credo, sejam respeitados no Hospital e, quando o desejem, encontrem nele interlocutores para esta dimensão essencial da pessoa humana.

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