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Igreja apoia universitários em dificuldades

Agência Ecclesia
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Fundos solidários de várias dioceses são resposta à crise económica

Lisboa, 11 out 2011 (Ecclesia) – Várias dioceses da Igreja Católica em Portugal estão a apoiar economicamente alunos universitários em dificuldades, particularmente com o agudizar da crise económica e social, tendo distribuído dezenas de milhares de euros.

O padre Marco Luis, diretor do Serviço Pastoral do Ensino Superior (SPES) de Setúbal, revela que o «Fundo de Esperança Solidária», criado no final de 2008, “já ajudou dezenas de alunos totalizando mais de 20 mil euros em ajudas financeiras prestadas além do seguimento das situações”.

“O ofertório da bênção de finalistas é, de momento, a única receita fixa do Fundo, sendo no entanto variável o seu montante todos os anos”, indica o responsável, em texto hoje publicado no semanário Agência ECCLESIA.

O padre António Bacelar, diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária do Porto, refere que o “Fundo de Solidariedade”, nascido em 1992, ajudou até hoje mais de “sete centenas” de pessoas, com mais de 200 mil euros.

“O amor concreto para com cada um pode ir mesmo para além da medida das nossas possibilidades, para ter antes a medida das necessidades de quem é socorrido. Sobretudo quando, já por duas vezes, nos vimos forçados a suspender o Fundo por declarada ‘falência’, não faltou a resposta da providência divina (de uma ou outra oferta totalmente inesperada)”, relata o sacerdote.

Já o padre Nuno Santos, assistente nacional do Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior (http://www.ecclesia.pt/snpes), fala da identidade deste organismo da Igreja Católica, falando na necessidade de “rasgar horizontes de relação da 'terra' com o céu' na vida daqueles que passam grande parte do seu tempo nas nossas universidades, politécnicos e outras instituições do ensino superior”.

“Uma pastoral do ensino superior mais do que ter respostas deve ajudar a fazer perguntas sobre o sentido mais profundo o existir; mais do que apresentar soluções deve aceitar fazer caminho; mais do que fazer 'coisas' devem estruturar percursos de identidade com os docentes, os investigadores, os funcionários e os estudantes”, aponta.

Alexandre Cruz, provedor do estudante da Universidade de Aveiro, escreve, por sua vez, que “no tempo atual, em que as instituições são grandemente interpeladas à sua própria significatividade histórica, as universidades e Igrejas no serviço às comunidades locais, nacionais e internacionais, têm valores civilizacionais inalienáveis como urgentes a preservar e anunciar”.

“As comunidades precisam destes estímulos das principais estruturas educacionais, na sua diversidade, como o são as Igrejas e as universidades”, acrescenta.

OC



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