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Igreja: Encontro Nacional de Liturgia permite «melhor serviço» de todos os participantes

Agência Ecclesia
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 Foto: IR/SDCS Bragança-Miranda
Foto: IR/SDCS Bragança-Miranda

Iniciativa quer promover uma «participação ativa, consciente e frutuosa» nas celebrações

Fátima, 27 jul 2017 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade e o Secretariado Nacional de Liturgia estão a promover a semana nacional de pastoral litúrgica sobre ‘A Virgem Santa Maria na Liturgia’, até esta sexta-feira, em Fátima.

“A Virgem Santa Maria está para a liturgia como está para o seu próprio filho Jesus Cristo, porque a liturgia que é obra de Deus para o serviço do povo. É a celebração dos mistérios de Cristo e está intimamente ligada a ela, a figura materna”, disse o presidente da comissão, em declarações que são emitidas hoje no Programa ECCLESIA.

D. José Cordeiro explicou que o Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica ajude os participantes que têm um serviço litúrgico - bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas, fiéis leigos – a uma “participação ativa, consciente e frutuosa” nas celebrações.

O bispo de Bragança-Miranda assinala que a liturgia “é a Igreja em oração” e a oração bem preparada, participada, deverá levar para “a vida uma maior consciência” da pertença a Cristo e a Igreja para que “o quotidiano seja em coerência” com o que se celebra.

Segundo D. José Cordeiro, o centro dos encontros, que vão na 43.ª edição, é a celebração da liturgia, por isso, optaram por dedicar as manhãs “à celebração da Liturgia das Horas e da Eucaristia” e à sua preparação com ensaios dos cânticos como “os vários serviços que requer cada celebração”.

O diretor do Secretariado Nacional de Liturgia (SNL) acrescentou, por sua vez, que “Fátima é lugar de oração”.

“No centenário é preciso afirmar isto e depois a liturgia é essencialmente oração. Então aprende-se a rezar, aprende-se a fazer a experiência de oração que é muito importante”, afirmou o padre Pedro Ferreira.

O sacerdote alertou para uma “crise” litúrgica, porque não se entende “o que é que se passa” nas celebrações e, por isso, faz-se de “qualquer maneira”.

O encontro nacional começou segunda-feira e termina esta sexta-feira; do programa destacam-se quatro conferências principais, uma escola de ministérios - presidência; acólitos; leitores, músicos, catequistas, ministros extraordinários da Comunhão - e a reflexão sobre a presença da Virgem Maria em diversos setores como, por exemplo, a arte e a música sacra.

Esta quarta-feira, o secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, da Santa Sé, apresentou a conferência ‘A coletânea de Missas da Virgem Santa Maria’.

“Um encontro destes, que é uma proposta formativa, também formativa a nível experiencial, para todo o povo de Deus no seu conjunto, é um grande valor que ajuda a amadurecer o que é a experiência litúrgica”, disse o padre Corrado Maggioni à Agência ECCLESIA.

O sacerdote italiano realçou que a liturgia é uma ação do povo de Deus, “que diz respeito a todo o povo de Deus”, por isso, “não é uma ação que diga respeito só ao clero”.

O encontro anual da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade e do seu Secretariado Nacional de Liturgia está a decorrer no Centro Paulo VI e as celebrações religiosas têm lugar na Basílica da Santíssima Trindade e na Capelinha das Aparições, até esta sexta-feira.

CB/OC



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