Nacional

Igreja ouvida no Parlamento

Nuno Rosário Fernandes
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No debate de hoje sobre a procriação medicamente assistida

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) foi esta manhã chamada ao Parlamento para participar no debate sobre a procriação medicamente assistida, a decorrer ao longo deste dia na Comissão Parlamentar de Saúde. “Foi um encontro simpático†disse D. Carlos Azevedo, Secretário da CEP, ao relatar à Agência ECCLESIA o encontro desta manhã. Nesta audição que durou cerca de uma hora e trinta minutos o representante dos Bispos expôs a Nota do Conselho Permanente da CEP, recentemente publicada, e estiveram ainda presentes o Pe. Vítor Feitor Pinto, Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde que falou sobre questões éticas e o médico João Paulo Malta, da Associação de Médicos Católicos que falou sobre questões de ordem técnica. Perante a posição apresentada pela Igreja e os problemas referentes aos projectos lei propostos, vários deputados fizeram a sua intervenção, colocando questões, num “ambiente sereno e de acolhimento†frisou D. Carlos Azevedo. Em jeito de conclusão deste encontro o Secretário da CEP está convencido que “era importante abanar as consciências, e foi isso que tentámos fazerâ€, salientou. “Sabendo que a posição da Igreja sobre este tema é muito clara, o que nos interessa aqui é entrar num diálogo com os legisladores para garantir que a lei seja o menos desumana possível - sublinhou. Não são as posições que nós defenderíamos para os cristãos – continua – mas são questões éticas que em nome do humanismo e do personalismo cristão achamos que uma lei deve garantirâ€, acentuou. O Secretário da CEP afirma ainda que nesta questão “foi apreciada a atitude dialogante da Igreja em não se colocar, à partida, irredutível nas suas posições, mas em tentar dialogar e encontrar no fundo a defesa da criançaâ€. Talvez por isso, a presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, Maria de Belém, tenha afirmado esta manhã que em outras questões a posição da CEP venha a ser ouvida.

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