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Igreja vai certificar centros sociais paroquiais

Octávio Carmo
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A Igreja Católica em Portugal vai proceder à certificação dos Centros Sociais paroquiais a partir de Julho de 2010, começando por 12 instituições, distribuídas por todo o país.

No final da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os Bispos manifestaram o seu empenho em investir numa “exigente qualificação e mesmo certificação” desses Centros, desde logo pelos que “manifestem a sua vontade e concorram para uma selecção prévia”.

No comunicado conclusivo da reunião magna, a CEP pede uma “cooperação criteriosa com o Estado”, frisando que a mesma “deverá resistir à perda da identidade das instituições e permitir a manutenção da lógica do dom e da partilha próprias dos cristãos”.

A Igreja pretende ainda “criar um observatório nacional organizado a partir das estruturas diocesanas, em articulação com a Comissão Episcopal da Pastoral Social, que mantenha informação actualizada das organizações e grupos presentes no terreno e permita adequar a evolução dos mais de mil centros sociais paroquiais”.

Os Bispos destacaram a necessidade de dar prioridade à “urgente formação de leigos capazes de gerir, com sentido comunitário eclesial”, em ordem a libertar os padres de “absorventes tarefas administrativas”.

Em conferência de imprensa, D. Jorge Ortiga, presidente da CEP, defendeu que a Igreja foi sempre “pioneira” nesta área.

O Arcebispo de Braga escolheu como palavras-chave “qualidade” e “exigência”, defendendo que é preciso ponderar as novas candidaturas e promover o trabalho “em rede”.

A ajuda estatal, acrescentou, é uma questão de “justiça” diante de um “serviço público” que é prestado pela comunidade católica.

Para valorizar a dimensão internacional desta acção social, a CEP ouviu a Cáritas Portuguesa, a Fundação Evangelização e Culturas e a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, que apresentaram os seus planos de acção estratégica para os próximos anos.

“A Assembleia manifestou a sua alegria por verificar o modo eficaz e profissional com que dão rosto à partilha de bens, à cooperação e ajuda humanitária internacional, particularmente dos países lusófonos, refere o comunicado final.



Conferência Episcopal Portuguesa