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Igreja/Portugal: Responsáveis católicos debatem ação junto dos emigrantes numa Europa em crise

Agência Ecclesia
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Encontro de padres, religiosos e leigos das missões de língua portuguesa

Bad Steffalstein, Alemanha, 27 out 2016 (Ecclesia) - A localidade alemã de Bad Steffalstein recebe até sexta-feira o encontro de padres, religiosos e leigos das missões católicas de língua portuguesa na Europa, que debatem a ação da Igreja junto dos emigrantes.

Está previsto um comunicado com as conclusões dos trabalhos, que deram “importantes pistas para a comunicação e pastoral familiar, e para a ação concreta junto dos emigrantes, ajudando a compreender o tempo e o mundo em que vivemos”, disse à Agência Ecclesia D. António Vitalino, bispo de Beja.

O membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana realça que, neste campo, “o caminho se faz caminhando”.

“Temos de estar sempre em atitude de aprendizagem para melhor fazer a ponte com quem pragmaticamente está no terreno”, precisa.

O encontro reúne desde segunda-feira representantes da Alemanha, Luxemburgo, Inglaterra, Suíça e Portugal.

Os cerca de 60 participantes foram chamados à reflexão a partir de quatro conferências orientadas pelo frade franciscano capuchinho Fernando Ventura – biblista - e por Joaquim Franco - jornalista, investigador em Ciência das Religiões e coordenador do Observatório para a Liberdade Religiosa -, co-autores das publicações ‘Do Eu solitário ao Nós solidário’ e ‘Somos Pobres mas Somos Muitos’.

Os conferencistas fizeram uma análise ao pontificado e desafios do Papa Francisco, e abordaram temas como solidariedade e corresponsabilidade, o conceito operativo da misericórdia, a tensão entre Religião e Política, pobreza e desigualdades, a responsabilidade social e política no exercício ativo da fé cristã, os desafios colocados à família e à Igreja pelo Papa, os equívocos na relação entre religião e comunicação ou São Francisco de Assis como referência pragmática na Europa das migrações.

O padre Vítor Cecílio, organizador do evento, entende que “é necessário abanar as consciências com as palavras e os desafios do Papa”.

O mundo “é veloz e por vezes incompreensível”, pelo que “os cristãos que assumem a responsabilidade pela ação social e pela evangelização devem estar disponíveis para novas ideias e novos enquadramentos no trabalho pastoral”, acrescenta o também delegado das comunidades católicas emigrantes na Alemanha.

O encontro vai terminar com a presença de Stefan Schohe, diretor da Pastoral das Migrações na Alemanha, e de Eugénia Quaresma, diretora Obra Católica Portuguesa de Migrações.

OC



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