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Incêndios: Bispo de Viseu considera que o povo português se autodestrói

Agência Ecclesia
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Habitantes da aldeia de Vila Nova de Ventosa - Vouzela, Viseu. Foto:Lusa
Habitantes da aldeia de Vila Nova de Ventosa - Vouzela, Viseu. Foto:Lusa

D. Ilídio Leandro reagiu aos fogos florestais que devastaram a região

Viseu, 17 out 2017 (Ecclesia) – O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, considerou que a chaga dos incêndios que atingiram muitas localidades em Portugal demonstra que o povo se “autodestrói”, deixando queimar a natureza e destruir os bens da criação”.

Na nota «Sejamos dignos da Criação!», enviada à Agência ECCLESIA, D. Ilídio Leandro realça que o que se tem passado em Portugal, apresenta “um povo incapaz de se governar e de preservar a sua história e as suas ricas tradições”.

Os acontecimentos recentes mostram que se interiorizaram, “os sentimentos da «inevitabilidade da desgraça», da «pouca sorte» e do «azar»: há a época dos fogos, a época dos acidentes nas estradas, a época das cheias, a época das secas”, lê-se no documento.

Depois do flagelo que vitimou dezenas de pessoas e queimou muitos bens, o bispo de Viseu refere que “importa acordar e recuperar as capacidades de superação dos limites que as sereias, mal-intencionadas, nos querem impor aos nossos sonhos de esperança e de libertação para a construção de um futuro melhor”.

D. Ilídio Leandro mostra também a sua solidariedade a "todas as famílias e pessoas que sofrem, neste momento, as consequências dos terríveis acidentes provocados pelo fogo”.

"A todos aqueles que são responsáveis – ativos ou passivos – por todas estas calamidades e suas consequências, os desejos de necessária, justa e proporcional compensação", finaliza.

O número de mortos causados pelos incêndios que deflagraram no domingo aumentou para 37, anunciou hoje a Autoridade Nacional da Proteção Civil.

LFS



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