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Incêndios: IPSS empenhadas no «acolhimento de emergência» às populações de Pedrogão Grande

Agência Ecclesia
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Foto: Lusa
Foto: Lusa

Presidente da Confederação das Instituições Sociais de Solidariedade Social visitou zonas afetadas pelas chamas

Lisboa, 19 jun 2017 (Ecclesia) – A Confederação das Instituições Sociais de Solidariedade Social (CNIS) está a mobilizar os seus meios para o apoio às populações atingidas pelo incêndio no concelho de Pedrogão Grande, que já causou 62 mortos.

Em entrevista hoje à Agência ECCLESIA, o padre Lino Maia, presidente da CNIS, refere que neste momento a prioridade está no “acolhimento de emergência” às pessoas e para o fornecimento no terreno de “bens essenciais”, como “roupas e alimentos”.

“Neste momento está a haver uma concentração de esforços, ainda não temos números concretos mas há grande disponibilidade. Temos instituições com capacidade para, nas suas instalações, receber pessoas, fornecer refeições e camas de emergência, porque muitas pessoas ficaram absolutamente sem nada”, salienta aquele responsável.

Este esforço está a envolver sobretudo as “Uniões Distritais de IPSS de Leiria e de Coimbra”, em parceria com a “Câmara Municipal de Pedrogão Grande”.

“É aí que mais se pode fazer porque são os distritos da proximidade”, frisa o sacerdote, que esteve este domingo na região de Pedrogão Grande, a inteirar-se da realidade em que se encontram as populações.

De acordo com os últimos dados divulgados pelas autoridades, o incêndio que deflagrou este sábado no Concelho de Pedrogão Grande, no Distrito de Leiria, alastrando depois para concelhos vizinhos, já causou 62 mortos e 62 feridos.

Entre os feridos estão 10 membros (quatro deles em estado grave) das corporações de bombeiros que trabalham no combate ao fogo.

Por calcular está ainda o número de habitações e de carros destruídos pelas chamas, que alastraram aos concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e ao concelho da Sertã, no distrito de Castelo Branco.

Esta tragédia veio levantar mais uma vez o debate à volta da importância da prevenção dos fogos, e da garantia da segurança das populações.

Para o presidente da CNIS, “mais do que erguer dedos acusadores ou fazer julgamentos apressados”, importa refletir seriamente sobre questões como “o abandono progressivo do interior do país”, para o qual importa “recentrar a atenção”.

“Penso que aqui o bem comum implica de facto que os meios sejam disponibilizados às zonas mais carenciadas e necessitadas. E o que se verifica neste momento é reflexo deste abandono irremediável do centro do país”, sustenta o padre Lino Maia.

JCP



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