Nacional

Instituições de Solidariedade contra diminuição do número de técnicos

Octávio Carmo
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O Pe. José Maia, assessor da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) para assuntos sociais, considera um erro qualquer intenção de incorporar voluntários nas IPSS com o único objectivo de fazer baixar os custos de funcionamento de creches, centros de tempos livres ou lares de terceira idade. Num artigo escrito para o jornal “Solidariedade”, órgão da CNIS, o responsável considera inaceitável que se peça às IPSS “que despeçam os seus trabalhadores (encontrando dinheiro para os indemnizar e empurrando-os para o fundo de desemprego), substituindo-os por voluntários, para ficar mais baratinho”. Assegurando que “todos temos consciência da necessidade e até urgência em mobilizar mais voluntariado para os quadros dirigentes das IPSS”, o Pe. Maia considera, contudo, que “o Estado não pode por um lado, pretender substituir técnicos por voluntários e, por outro, quando algumas Instituições se propõem gerir os seus equipamentos um pouco à margem do quadro de pessoal de referência, ameaçam logo suspender os Acordos de Cooperação”. Tendo em vista a futura campanha eleitoral, o Pe. Maia considera que “talvez não fosse má ideia a direcção da CNIS interpelar quem nos vai apresentar promessas eleitorais para o caso de ser Governo, no sentido de se pronunciar sobre o papel que está reservado às IPSS na prestação de acção social nos seus equipamentos, com que regras e em que condições de financiamento o Estado quer a colaboração destas Instituições de Solidariedade”.


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