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Inventariação dos bens artísticos móveis da Arquidiocese de Évora tem surpreendido

Octávio Carmo
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O responsável pela equipa para a inventariação dos bens artísticos móveis da Arquidiocese de Évora, Artur Goulart, revelou que o espólio encontrado “tem surpreendido por demais”, e a demora, só na cidade de Évora, tem sido proveitosa em termos das peças catalogadas. No dia 1 de Março de 2002, há mais de um ano, realizou-se a assinatura de um protocolo entre a Arquidiocese de Évora e a Fundação Eugénio de Almeida (FEA), sendo que os prazos iniciais de 8 a 12 meses foram ultrapassados e, neste momento, já não se avançam datas. Em declarações ao semanário “A Defesa”, o orientador cientifico do projecto de inventariação do espólio da Arquidiocese de Évora explica o atraso referindo que “ao começarmos o inventário numa igreja, pensávamos que eram 100, 200, 300 peças e ia sempre para o dobro, com uma variedade de coisas que levam o seu tempo a ser inventariadas”. O trabalho abrange duas áreas distintas, sendo que a primeira diz respeito aos objectos artísticos (pinturas, esculturas, ornamentos, alfaias, paramentos, instrumentos musicais, entre outros), e a segunda a documentos de arquivo e livros antigos. “Nós quando entramos numa igreja passamo-la a pente fino. Não só as coisas de prata ou ouro ou os paramentos... é mesmo tudo. Conseguimos obter muito mais dados históricos que até agora não eram conhecidos”, revela Goulart. A Fundação Eugénio de Almeida tem previsto, agora para Dezembro, uma exposição que será uma primeira amostra visível deste trabalho do inventário.


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