A Casa de Saúde do Bom Jesus, das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, em Nogueiró, procedeu ontem à inauguração de um “apartamento terapêutico”, cujos encargos são assumidos em parceria com a “Empresa Municipal de Habitação – Bragahabit”.
Na ocasião, o director António Palha anunciou a intenção de abrir, no próximo ano, «uma nova unidade clínica, destinada ao tratamento de doenças químicas, decorrentes do alcoolismo e da toxicodependência».
A residência terapêutica, onde já estão instaladas há cerca de um mês duas doentes ex-internas naquela instituição de saúde psiquiátrica, pretende «fomentar e facilitar a inserção social de pessoas com perturbações mentais e sem retaguarda familiar». Este é, assim, mais «um passo na continuação de um projecto- piloto, que é desenvolvido em Braga há dez anos», acrescentou António Palha.
A apresentação pública contou, para além dos representantes da Casa de Saúde, com uma “embaixada municipal de peso”, onde se incluiu o administrador da BragaHabit, Paulo Sousa, o vereador da Acção Social, Jorge Matos, e o próprio presidente da Câmara, Mesquita Machado, que aproveitou para sublinhar «o relevante trabalho» que a instituição presta à cidade e à região onde se insere.
O presidente da Câmara aproveitou para defender a importância da lei «acompanhar a inovação e os bons exemplos», apontando a necessidade do Ministério da Saúde e da Segurança Social disponibilizarem «apoio para esta área e para este tipo de actividade de integração social».
«A recuperação das pessoas passa por pô-las em contacto com a comunidade, em vez de as manter apenas junto de outros doentes», defendeu. Mesquita Machado enalteceu ainda «o trabalho» do doutor António Palha à frente da instituição de saúde, na linha do «exemplo de seu pai», por quem Mesquita Machado diz ter sido «sensibilizado» para a importância do serviço prestado e para a integração dos doentes psiquiátricos.
A instituição de saúde, que já recebeu até a “Medalha de Ouro” do município, detém mais dois apartamentos a funcionar desde 1995, que contam com o apoio das rendas comparticipadas pela BragaHabit, que ontem aproveitou para lançar o desafio à Casa de Saúde para que esta pudesse vir «a acompanhar também pessoas do sexo masculino », alguns dos quais são alojados por aquela empresa, mas não dispõem de apoio médico especializado para os seus casos.