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Irmãs Paulinas celebram uma década de presença no Algarve

Samuel Mendonça
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Embora com uma presença regular na diocese do Algarve desde 1971, a congregação das irmãs do Instituto Missionário Filhas de São Paulo, mais conhecidas por Paulinas, celebrou apenas 10 anos de presença em terras algarvias na passada quarta-feira, dia 25 de Janeiro. A data coincide com a inauguração da livraria em Faro e com a consolidação da sua missão, de modo mais efectivo, no Algarve. De facto, de 1970 a 1980 as irmãs Paulinas estiveram na diocese a colaborar na livraria que então era propriedade da Igreja algarvia e que em 1996 foi adquirida pela congregação. Conforme explicou à FOLHA DO DOMINGO a irmã Andreia, em 1980 as irmãs Paulinas, enquanto comunidade, sairam do Algarve, embora voltassem cá “quando eram solicitadas”. Particularmente no Verão, para participar na Feira do Livro em Faro, o­nde estão desde a primeira edição, há 30 anos, e também para realizarem algumas exposições nas paróquias do litoral. “Como éramos tão bem acolhidas, não se justificava porque não ter de novo um centro no Algarve. Foi a partir dessa experiência que pensámos voltar ao Algarve com um centro”, esclareceu a irmã Andreia. A esta realidade ter-se-á juntado a vontade e as solicitações do então Bispo do Algarve, D. Manuel Madureira Dias, que coincidiu com o projecto missionário que a congregação delineou em 1995 com o objectivo de abrir novos centros. Foram então feitas obras na livraria que abriu em Janeiro de 1996, tendo as irmãs, a princípio, sido acolhidas no Seminário diocesano. A comunidade de Faro, formalmente constituida no ano 2000, tem procurado ir ao encontro dos que não a procuram. “Temos contemplado no nosso projecto a visita às paróquias, indo ao encontro daqueles que não vêm até nós. É uma maneira de a diocese ter o­nde ir buscar aquilo que precisa para a sua evangelização”, refere a irmã Andreia que testemunha também o trabalho com escolas e bibliotecas municipais. Sobre estes anos dizem, em jeito de balanço, só terem “aspectos positivos a realçar” e destacam sobretudo o crescimento pastoral da diocese algarvia. “Houve um crescimento pastoral muito grande nos últimos 30 anos. As pessoas sentem agora mais necessidade de formação porque também estão mais empenhados e envolvidos na vida das suas comunidades”, afirmam, garantindo que “também os párocos estão mais sensibilizados agora e percebem melhor” a sua missão. Missão essa que “às vezes é difícil de compreender”, testemunham. “Esta não é uma livraria qualquer, mas um centro de apostolado que tem como suporte a oração, a vida fraterna que alimenta este carisma reconhecido pela Igreja”, esclarece a irmã Otília. Considerando que a livraria “foi muito bem projectada na diocese”, as irmãs Paulinas entendem que a aposta em vir para o Algarve foi feita “no momento certo”. “Teríamos perdido uma grande oportunidade se não tivéssemos vindo”, refere a irmã Andreia. Para o futuro encaram alguns desafios e um deles passa precisamente por abrir o seu trabalho pastoral às paróquias do interior algarvio. “Queremos fazer, uma vez por mês, uma exposição de literatura e falar um pouco do nosso carisma”. “Por outro lado – esclarecem – gostaríamos de trabalhar um pouco mais com a Comunicação Social algarvia, para além da imprensa”. Em relação à expansão de mais livrarias no Algarve garantem que a questão não se coloca para já, até porque a falta de vocações são também um obstáculo, e que o “ideal seria a criação de mais centros nas paróquias com os seus livros, principalmente nas grandes cidades”.Para assinalar a efeméride, o Bispo diocesano presidiu no dia 25 de Janeiro à celebração da Eucaristia na comunidade de Faro das irmãs Paulinas.


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