Para ser julgado numa só voz - refere o Pe. Carreira das Neves
“Só saberemos da herança que João Paulo II deixou ao mundo daqui a muito tempo” – disse esta tarde o Pe. Carreira das Neves, professor da Universidade Católica Portuguesa (UCP), num programa de televisão. Ainda é cedo para “fazermos um juízo e uma avaliação” – referiu. Na perspectiva deste docente universitário a herança “é muito positiva”. Todas as viagens e tudo o que ele escreveu “são de um significado enorme para a Igreja e para o mundo”. E acrescenta: “segundo sabemos os islâmicos e os judeus estão a rezar por ele”.
Para o Pe. Carreira das Neves, João Paulo II “é grande demais para ser julgado numa só voz. O todo dele é uma polifonia”. Durante o Pontificado, João Paulo II quis estabelecer “a unidade dentro da Igreja e estabelecer a paz no mundo inteiro”. Pela primeira vez “tivemos um diálogo inter-religioso sério” – mencionou o Pe. Carreira das Neves.
No mesmo programa televisivo, o Pe. José Luis Borga qualifica João Paulo II como “o Papa da inquietação e da aventura”. Numa igreja que “muitas vezes tem medo”, João Paulo II é “o Papa contra o medo”. A expressão «Não Tenhais medo» foi para a Igreja “um desafio muito grande”.